Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: serpentwithfeet, L’Impératrice, The Antlers, Death from Above 1979, Anna Fox Rochinski, tUnE-yArDs e Noga Erez.
• serpentwithfeet – DEACON
(Secretly Canadian)
O músico Josiah Wise (a.k.a. serpentwithfeet) explora um mundo onde o amor dos negros é supremo. DEACON, o sucessor da estreia soil, é um mergulho no universo dos relacionamentos gays (“Same Size Shoe”) e na ternura das melhores companhias, românticas ou não. São baladas concebidas numa atmosfera R&B fragmentada e branda que exploram as perspectivas do artista em relação ao apego como um todo. A obra conta com colaborações especiais de Lil Silva, Sampha (“Fellowship”) e NAO (“Heart Storm”).
• L’Impératrice – Tako Tsubo
(microqlima)
O grupo eletropop disco francês L’Impératrice volta com um álbum charmoso e libertador para embalar corações apaixonados e machucados, representar o poder feminino (“Peur des filles”) e criar um relacionamento amigável com nossos corpos (“Voodoo?”). Sua afinada e cativante atmosfera é idealizada em sintetizadores intergalácticos descolados, vocais sedutores e um brilho groove nos baixos vistosos (“Fou”) que tecem as melodias atulhadas de versos sonhadores e sarcásticos.
• The Antlers – Green To Gold
(Anti-)
No primeiro álbum do The Antlers em sete anos, Peter Silberman documenta de forma direta dois anos de sua vida, sem envolver temas das músicas em mistérios e metáforas, devido a uma série de condições de saúde – como lesões nas cordas vocais e perda temporária de audição. Em Green To Gold, a banda indie rock chega à uma espécie de normalidade num trabalho sentimental triunfante após uma série de registros ansiosos. É um trabalho contemplativo em harmonias bucólicas, esperançosas (“Wheels Roll Home”), profundas (“Solstice”) que carregam letras com a mensagem de apegar-se a momentos especiais (“It Is What It Is”) e deparar-se com a paz.
• Death From Above 1979 – Is 4 Lovers
(Universal Music)
O duo disco punk canadense Death From Above 1979 captura a criação de um som totalmente novo e uma reimaginação do formato que criaram há mais de 20 anos como se o Nine Inch Nails e o Justice tivessem uma cria. São faixas vinculadas por uma energia fumegante e brutal dos primeiros discos da dupla, especialmente You’re A Woman, I’m A Machine, em melodias dançantes e caóticas de riffs urgentes, sintetizadores vertiginosos, vocais distorcidos e letras essencialmente poéticas (”One + One”) e contemporâneas (“Totally Wiped Out”).
• Anna Fox Rochinski – Cherry
(Don Giovanni Records)
Depois de passar quase uma década com a banda de rock psicodélico Quilt, Anna Fox Rochinski revela o primeiro disco solo. Distante de sua antiga sonoridade, o registro é um trabalho pop pessoal (“Everybody’s Down”), que documenta um relacionamento do início ao fim (“Cherry”) e com o objetivo de colocar a vida nos trilhos, elaborado por um leque de novas influências que vão do pop nostálgico, eletrônica e funk. Rochinski afasta-se um pouco das guitarras e passa a experimentar sintetizadores e sons em loop que possibilitam um novo universo criativo e ilimitado influenciado por Madonna, a era Midnite Vultures de Beck, o guitarrista Gabor Szabo e a estreia de Robyn de 1995.
• tUnE-yArDs – sketchy.
(4AD)
O inquieto duo art-pop tUnE-yArDs retorna com sua sonoridade pop psicodélica frenética e cacofônica. São melodias brilhantes com instrumentações excêntricas que migram para o soul dos anos 60, R&B, rock e afrobeat, abusando de sintetizadores robóticos, batidas explosivas e vocais ferozes de Merrill Garbus. Além do êxtase melódico, sketchy. angaria poder extra ao dissertar temas conflitantes como sociedade (“nowhere, man”), desastres climáticos, sexismo (“make it right.”), direito ao aborto e conflito de gerações (“hold yourself.”).
• Noga Erez – KIDS
(City Slang)
Construído a partir da política crua de sua estreia, Off The Radar, KIDS se aproxima de casa enquanto mantém a inteligência da cantora e produtora de Tel-Aviv. Sua música viciante e produções pop maduras com influências de R&B e hip hop carregam letras que tratam do pessoal e do político; mortalidade e perda; guerra e paz, insegurança e ambição. É um trabalho que transforma conflitos pessoais (“VIEWS”), relações tóxicas (“YOU SO DONE”) e políticos (“Fire Kites”) em festa com números pop melódicos precisos e que com cinismo fantasia alegremente um mundo ideal (“NO News On TV”).