7 discos para ouvir hoje: BROCKHAMPTON, Sufjan Stevens, CFCF, Small Black e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: BROCKHAMPTON, CFCF, Flyte, Small Black, Sufjan Stevens, Benny Sings e Maria Reis.

BROCKHAMPTONROADRUNNER: NEW LIGHT, NEW MACHINE
(Sony Music)

A boy band de hip hop BROCKHAMPTON, coletivo formado por jovens de 20 anos de diferentes origens étnicas e orientações sexuais, volta com o álbum sucessor de GINGER. Assim como todos no mundo, eles lidam com a nova normalidade trazida pela pandemia com sua combinação de ganchos pop cativantes com aspectos da cultura hip hop e das ruas. São canções que tratam de temas como violência policial (“CHAIN ON”), otimismo (“COUNT ON ME”), pessoais introspectivos e dolorosos (“THE LIGHT”, “DEAR LORD”), racismo, colonização e homofobia na América (“DON’T SHOOT UP THE PARTY”). Destaque para as colaborações especiais de Danny Brown, JPEGMAFIA, A$AP Ferg, A$AP Rocky, Shawn Mendes e o lendário Charlie Wilson.

CFCFmemoryland
(BMG)

O CFCF, projeto do multi-instrumentista e produtor canadense Mike Silver, reúne uma coleção de sons do final dos anos 90 e vertentes do techno, house, UK Garage, alt-rock e dance pop. Inspirado por nomes como The Chemical Brothers, Sonic Youth, Basement Jaxx, Smashing Pumpkins, entre outros, o artista registra uma carta à paranoia Y2K em memoryland. São produções excitantes (“Life is Perfecto”), sonhadoras (“Heaven” com os vocais de Sarah Bonito) e entusiastas (“Punksong”) em temas universais de alienação da própria identidade em meio à turbulência da juventude em uma metrópole globalizada na aproximação do milênio

FlyteThis Is Really Going To Hurt
(Universal Music)

This Is Really Going To Hurt, o segundo álbum da banda britânica Flyte, é a trilha sonora lúcida da separação do vocalista Will Taylor. Segue o término de um relacionamento através dos estágios de luto e aceitação (“Losing You”). Cada canção é uma facada no coração (“Everyone’s a Winner”) para exorcizar sentimentos como vergonha, desgosto e ciúme (“Easy Tiger”). Com uma sonoridade folk rock que transita por melodias da Califórnia dos anos 70, o título evoca o conhecimento de que a decisão que você está prestes a tomar mudará sua vida para sempre para seguir em frente após uma série de desilusões amorosas.

Small BlackCheap Dreams
(100% Electronica)

Um dos pioneiros do chillwave retornam com o primeiro disco em cinco anos. Cheap Dreams é uma homenagem ao tio do vocalista Josh Kolenik, um surfista apaixonado cujo sótão em Long Island foi usado para fazer o primeiro disco do grupo. Logo após o lançamento de seu álbum de 2015, ele teve um derrame enquanto estava na praia e uma boa parte do registro é sobre sua vida (“Tampa”), com momentos de nostalgia (“The Bridge”), sentir-se solitário (“Duplex”) e como isso se reflete na escolha da banda de tentar viver como músicos.

Sufjan StevensMeditations
(Asthmatic Kitty Records)

Em setembro passado, dois dias após o lançamento do The Ascension, pai biológico de Sufjan Stevens morreu. Em resposta a essa perda, o músico compartilha Meditations, a primeira parte de um projeto de cinco volumes chamado Convocations. São dez faixas instrumentais e atmosféricas que assumem os estágios do luto em números eletrônicos ambientais puros tecidos por uma melancolia em sintetizadores nebulosos e ondulantes.

Benny SingsMusic
(Stones Throw Records)

O compositor holandês Benny Sings retorna com um LP repleto de estrelas como Tom Misch, KYLE, Mac DeMarco, Emily King, entre outros. Na coleção de faixas sofisticadas e fáceis de se apaixonar de Music, o artista explora com sutileza terrenos do R&B, neo soul e synthpop ao entregar novos ares para o material na companhia de seus convidados. Apesar de uma série de números melancólicos envolventes (“Nobody’s Fault”) e sobre sentir-se no fundo do poço sem nenhum motivo (“Rolled Up”), o tom geral do álbum é extremamente otimista (“Sunny Afternoon”).

Maria ReisA Flor da Urtiga
(Cafetra Records)

Em Flor da Urtiga, a cantora e compositora portuguesa Maria Reis oferece um conjunto de cinco canções sobre a família, o amor, o abismo emocional e a integridade. O trabalho teve intervenção de Noah Lennox (a.k.a. Panda Bear e membro do Animal Collective) na produção e nos arranjos através de um pop rock com pitadas de grunge (“Balbúrdio”) e eletrônicos (“Teoria da Conspiração”), mas sem perder as origens da artista (“Pedinchar”).