8 discos para ouvir hoje: Róisín Murphy, Dawn Richard, Julia Stone, girl in red e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Róisín Murphy, Julia Stone, Dawn Richard, girl in red, Royal Blood, Birdy, KUČKA e Sufjan Stevens.

Róisín MurphyCrooked Machine
(BMG)

Crooked Machine é o novo álbum de remixes de Róisín Murphy, que apresenta versões alternativas de músicas do aclamado Roisin Machine do ano passado. As faixas foram reinterpretadas por Crooked Man, também conhecido como DJ Parrot. Se o disco anterior foi uma grande festa em um clube noturno, desta vez teremos uma after party onde as coisas ficam mais sombrias e distorcidas, como a própria artista define.

Julia StoneSixty Summers
(BMG)

Gravado esporadicamente ao longo de cinco anos de 2015 a 2019, Sixty Summers é moldado pelos principais colaboradores de Julia Stone no trabalho: Thomas Bartlett (a.k.a. Doveman) e Annie Clark (a.k.a. St. Vincent). A visão estratégica dos produtores transparece em números elegantes que combinam synthpop (“Unreal”), avant-funk (“Break” é puramente inspirada em David Byrne) e traços de autêntica melancolia (“We All Have” com Matt Berninger do The National) em canções sobre sentir-se invisível em relações amorosas, arrebatada por novos relacionamentos e palavras silenciosas que são sentidas (“Dance”).

Dawn RichardSecond Line
(Merge Records)

Second Line é um álbum conceitual e uma experiência sensorial extravagante. Exibe o domínio da artista pop experimental Dawn Richard (ex-Danity Kane) na produção de gêneros musicais que passam pelo house, footwork, R&B, trap, música clássica (“Le Petit Morte (a lude)” traz a melodia de “Sonata ao Luar” de Beethoven) e mais. A história do disco é centrada na persona de Dawn, King Creole, uma garota negra do sul numa encruzilhada em sua carreira artística (“Jacuzzi”). Para seguir em frente, ela decide olhar para trás, mas onde o álbum anterior (new breed) teve influência de seu pai, desta vez ela é iluminada pelas palavras da própria mãe.

girl in redif i could make it go quiet
(AWAL)

Afastando-se do som indie lo-fi de seus primeiros trabalhos, o álbum de estreia da norueguesa Marie Ulven (a.k.a girl in red) destapa a artista com uma abordagem eufórica e polida. Suas composições permanecem sinceras e potentes em temas como traição, luxúria, repulsa (“You Stupid Bitch”), crises existenciais (“serotonin” com coprodução de FINNEAS) e saúde mental (“rue”). Como trabalhos de Billie Eilish e Lorde, if i could make it go quiet é complexo e sofisticado em sua diversidade de emoções e histórias.

Royal BloodTyphoons
(Warner Music)

Após três anos, o duo Royal Blood volta com o terceiro álbum de estúdio, Typhoons, que nos brinda com riffs de baixo rock e melodias exageradamente dançantes mirando as pistas de dança (“Limbo”). Mike Kerr e Ben Thatcher disseram que queriam voltar às suas raízes, na época em que faziam música influenciada por Daft Punk, Justice e Philippe Zdar do Cassius. E está tudo ali (“Trouble’s Coming”), mas sem perder a veia eletrizante, visceral (“Boilermaker” com produção de Josh Homme) e original dos trabalhos anteriores.

BirdyYoung Heart
(Warner Music)

Em Young Heart, a cantora e compositora inglesa Jasmine van den Bogaerde (a.k.a. Birdy) encontra inspiração em um período que passou por Nashville e Los Angeles, especialmente em artistas clássicos como Joni Mitchell e Nick Cave. O trabalho é bem diferente do anterior. Onde Beautiful Lies era um conto de fadas juvenil, Young Heart é um retrato realista e corajoso de um artista em sofrimento (“Loneliness”) e em busca de serenidade num percurso de autoconhecimento (“Surrender”).

KUČKAWrestling
(LuckyMe)

Conhecida por suas colaborações com Flume, SOPHIE e A$AP Rocky, a produtora Laura Jane Lowther (a.k.a. KUČKA) apresenta Wrestling, disco de estreia de caráter pessoal e íntimo. Combinando eletrônica, pop, R&B, jazz e new age, a artista concebe musicalmente sua história autobiográfica sobre crescimento, amor e trajetória em grooves eletrônicos desequilibrados (“No Good For Me”), sintetizadores radiosos (“Real”) e vocais distintos (“Ascension”).

Sufjan StevensCelebrations
(Asthmatic Kitty)

Celebrations é a quarta parte de Convocations, projeto instrumental em cinco volumes de Sufjan Stevens. O registro serve para homenagear o pai e que morreu apenas dois dias após o lançamento do álbum The Ascension. Neste fragmento do material, embarcamos em uma jornada melódica sinistra pela dor do artista através de sintetizadores ruidosos e sons etéreos numa espécie de busca por equilíbrio emocional.