7 discos para ouvir hoje: Wolf Alice, Liz Phair, Japanese Breakfast, Rostam e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Wolf Alice, Liz Phair, Rostam, Japanese Breakfast, Hildegard, Poté e Mustafa.

Wolf AliceBlue Weekend
(Dirty Hit)

Com Blue Weekend, o quarteto indie britânico Wolf Alice apresenta uma obra-prima e digna para suceder o trabalho anterior (Visions of a Life). O terceiro registro de estúdio do grupo orbita por gêneros – que vai do pop rock dos anos 80 (How Can I Make It OK?) ao punk (“Play The Greatest Hits”) – de forma coesa e libertadora sob o olhar do produtor Markus Dravs (Florence and the Machine, Arcade Fire). As canções entregam em suas narrativa pessoais e honestas de Ellie Rowsell (“Smile”) cenários para cada uma das experiências relatadas. O trabalho joga com pontos fortes do trabalhos anteriores, com a nostalgia do indie rock dos anos 90, com novas qualidades e desafios (“The Last Man On Earth”) e uma narrativa cinematográfica.

Liz PhairSoberish
(Chrysalis)

Soberish, o primeiro álbum de Liz Phair em uma década, marca um retorno ao som de seus discos anteriores. Um desses vínculos vem de sua escolha de colaborador Brad Wood, o engenheiro e produtor que ajudou a dar vida aos seus álbuns dos anos 90 – incluindo o clássico Exile In Guyville. Embora o som do disco possa ser um pouco diferente, em suas melodias diretas e letras cruas, a essência da escrita de Phair não mudou. Há a honestidade de sua estreia em temas como amor moderno (“Sheridan Road”, “In There”), conexões perdidas, separações (“Spanish Doors”, “Good Side”), inseguranças (“Ba Ba Ba”) e vícios (“Soberish”). É o “mundo desconfortável, turbulento e emocional em que estamos agora”, como a própria conta.

RostamChangephobia
(Matsor Projects)

Rostam, um dos grandes produtores de indie pop de sua geração (Frank Ocean, Solange, HAIM) e ex-integrante do Vampire Weekend, apresenta o segundo registro solo de estúdio. Changephobia é um questionamento sobre o o que significa habitar um mundo em constante mudança. São baladas minimalistas construídas em sintetizadores tênues, batidas moderadas e uma influência jazz vibrante (“Unfold You”) para desenhar canções sobre descobertas pessoais (“Changephobia”), romances (“4Runner”) e o reflexo de gerações (“These Kids We Knew”) com doses de otimismo (From The Back of a Cab”).

Japanese BreakfastJubilee
(Dead Oceans)

Se nos discos anteriores, o Japanese Breakfast, projeto indie rock de Michelle Zauner, lidava com angústias e luto em sua sonoridade shoegaze, Jubille é uma tentativa incessante para encontrar a felicidade e superar traumas através de um alt-pop brilhante. O disco exala novos níveis de confiança e determinação, com arranjos triunfantes (“Paprika”) e alegres que servem para aumentar os vocais únicos de Zauner.

HildegardHildegard
(Chivi Chivi/section1)

Hildegard é o projeto da cantora e compositora experimental Helena Deland e da multi-instrumentista e produtora Ouri (Ourielle Auvé). Em seu álbum de estreia, a formação folk de Deland se equilibra com o mundo da música eletrônica e dance de Ouri (“Jour 3”). Ao longo de oito dias em um estúdio, as artistas descobriram uma conexão criativa inata, construindo e trocando ideias, desenvolvendo uma abordagem intuitiva para composição e som. São oito faixas que se fundem em uma esfera sônica, batizada em homenagem aos oito dias que passamos juntos.

PotéA Teneous Tale Of Her
(OUTLIER)

Com um som impressionante e único, o artista de música eletrônica Sylvern Mathuri (a.k.a Poté) lança o disco A Teneous Tale Of Her, sua estreia no selo OUTLIER de Bonobo, como uma peça teatral sobre ciclos viciosos paranoia (“Stare”) e cenários pré-apocalípticos. A música de Poté sempre equilibrou impulsos contrastantes. Há a sonoridade rítmica e comemorativa de sua criação caribenha (“Young Lies” com Damon Albarn) e, por outro, há o interesse em composições exploratórias e emocionantes. No registro, ele leva essa abordagem em uma direção mais ousada, envolvente e atmosférica.

MustafaWhen Smoke Rises
(Regent Park Songs)

O poeta e compositor canadense Mustafa lança o projeto de estreia por meio de suas músicas inspiradas no Regent Park. O disco exemplifica um estilo que o próprio artista descreve como “folk do subúrbio” que encontra inspiração musical em grandes nomes do folk como Joni Mitchell, Bob Dylan e Richie Havens, mas canalizados através das lentes contemporâneas. When Smoke Rises conta com a produção de nomes como Frank Dukes e Jamie xx, junto com contribuições de Sampha (“Capo”) e James Blake (“Come Back”).