6 discos para ouvir hoje: Laura Mvula, Bobby Gillespie & Jehnny Beth, Cosha e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Laura Mvula, Bobby Gillespie & Jehnny Beth, The Go! Team, Cosha, Maple Glider e Vincent Dalschaert.

Laura MvulaPink Noise
(Atlantic Records)

Após cinco anos do álbum The Dreaming Room e ser desligada do selo Sony, Laura Mvula revela um lado até então desconhecido em Pink Noise. Com um colcha de retalhos tecida pelo funk e disco dos anos 80, a artista encontra uma nova vertente para refletir seu som característico através do seu vocal potente. Contrastando o lirismo confessional com um synthpop brilhante e contagiante, o registro encontra um caminho natural de evolução (“Safe Passage”) e confiança (“Church Girl”). São momentos de neo soul e pop art (“Remedy”) com outros mais sombrios (“Condicional”) e apaixonantes (“Got Me”, “What Matters” com Simon Neil, do Biffy Clyro), que arquitetam um som nostálgico colorido e contagiante nas canções com uma aura cintilante de Prince, Michael JacksonGrace Jones e Whitney Houston.

Bobby Gillespie & Jehnny BethUtopian Ashes
(Third Man Records)

O encontro de Bobby Gillespie, vocalista do Primal Scream, ao lado de Jehnny Beth, do Savages, carrega uma coleção de canções que esmiúçam a perda, a falta de comunicação e a desarticulação emocional (“Chase It Down”) que um casal experimenta ao perceber que seu relacionamento está caminhando para o fim (“Remember We Were Lovers”). Utopian Ashes baseia-se na tradição de clássicos do country soul, como Gram Parsons e Emmylou Harris, para lidar com as consistentes realidades do amor que amargam. É um álbum para pessoas que lidaram com a tristeza inevitável que vem com a idade e acataram as realidades da vida.

The Go! TeamGet Up Sequences Part One
(Memphis Industries)

O The Go! Team retorna com o sexto álbum de estúdio, Get Up Sequences Part One, de singles como “Cookie Scene”, “World Remember Me Now” e “Pow”. No registro, Ian, Ninja, Nia, Simone, Sam e Adam criam um mundo musical distintamente de seu próprio devaneio. Um lugar onde a rotina é proibida e a perfeição é o inimigo em sua colagem bombástica e hiperativa de gêneros. Onde Ennio Morricone encontra os Monkees, The Beastie Boys e Salt-N-Pepa munidos com flautas, trompetes, glockenspiels, tambores de aço e uma atitude analógica irrepreensível.

CoshaMt. Pleasant
(Ashtown Lane)

Cosha, projeto musical da cantora e compositora irlandesa Cassia O’Reilly (ex-Bonzai), apresenta o hipnótico e confiante álbum de estreia Mt. Pleasant assumindo o controle criativo, agora, no selo Ashtown Lane. Com colaborações de Shygirl (“Lapdance From Asia”), Rostam (“Run the Track”, “Do You Wanna Dance”), ​Mura Masa (“Berlin Air”) e outros amigos, o registro é uma conciliação do instinto pop da artista com eletrônica, afrobeat, R&B e soul para decorar uma série de canções envolventes sobre distração, relacionamentos afetivos e autoconfiança.

Maple GliderTo Enjoy is the Only Thing
(Partisan Records)

No álbum de estreia, To Enjoy is the Only Thing, os vocais de Tori Zeitsch (a.k.a. Maple Glider) abraçam camadas de violão acústico dedilhado e acordes ponderados de piano, inspirando-se nos estilo de folk contemporâneo com uma ternura e introspecção rodeada de uma fragilidade emocional. Trazendo um clima de trabalhos de Weyes Blood e Laura Nyro, a passionalidade encontra-se no centro das performances da artista, inclinando-se para uma intimidade que é alcançada por meio de reflexões profundamente pessoais (“Friend”) e amorosas (“Swimming”) em composições melódicas ternas.

Vincent DalschaertJe me réchauffe lentement
(Vincent Dalschaert)

Je me réchauffe lentement atribui a inspiração do músico e artista belga Vincent Dalschaert em uma série de gêneros da música. Transita da clássica à trilhas sonoras do cinema ou da eletrônica ao indie rock e jazz. São instrumentações cativantes e delicadas em pianos, cordas, guitarras, vocais envolventes de Brenda Dalschaert (“Jeudi je dis”) e Paola Bertante (“Je marche pour courir”) que descendem numa sonoridade imensamente alinhada (“Destination nulle part“) e agradável.