Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Lorde, Martha Wainwright, Cleo Sol, Wanda Jackson, The Joy Formidable, Marina Sena, Angel Olsen, Eddu Porto e a trilha sonora de ‘Flagday’.
• Lorde – Solar Power
(Universal Music)
Solar Power é uma celebração do mundo natural, uma tentativa de imortalizar sentimentos profundos e transcendentais. Em tempos de inquietude, melancolia, amor profundo ou confusão, Lorde procura por respostas no mundo natural. O produtor Jack Antonoff a auxilia a filtrar as vibrações das praias dos anos 1960 através de seu afeto pelos primeiros sucessos dos anos 90. Há um aceno para “Faith” de George Michael e “Loaded” do Primal Scream na faixa-título (“Solar Power”), falsetes à la Tori Amos em “California”, uma brisa de Natalie Imbruglia em “Secrets from a Girl (Who’s Seeen it All)” com a participação de Robyn e a alma de grupos femininos como All Saints e M2M em peças como “Oceanic Feeling” e “Mood Ring”. São melodias graciosas em sons mais orgânicos e com uma atmosfera de fim de tarde, em que a neozelandesa troca os holofotes por uma reflexão (“Dominoes”) sobre o mundo moderno, a fama precoce e amadurecimento (“Stoned at the Nail Salon”) em dias nublados até nas praias mais ensolaradas.
• Martha Wainwright – Love Will Be Reborn
(Cooking Vinyl Limited)
Após cinco anos do álbum Goodnight City, a cantora e compositora Martha Wainwright retorna com Love Will Be Reborn acompanhada do produtor Pierre Marchand (Rufus Wainwright, Sarah McLachlan). As canções ecoam a bagunça na vida da artista em temas como divórcio (“Middle of the Lake”, “Falaise de Malaise”), a criação e ausência dos filhos (“Report Card”), um coração abatido e otimismo (“Hole In My Heart”) ao apaixonar-se por alguém novo. É um trabalho caótico e poético em busca de salvação através de experiências dolorosas e pessoais (“Justice”) no renascimento de Martha (“Love Will Reborn”) que abrange rock, soul, folk e pop na corajosa performance.
• Cleo Sol – Mother
(Forever Living Originals)
Cleo Sol, conhecida por suas colaborações com o misterioso coletivo neo soul SAULT e a rapper Little Simz, lança o álbum Mother com produção de Inflo. É um trabalho cingido pelo amor de uma mãe para um filho (e para si própria) em que a artista transforma a maternidade em uma experiência transformadora e inspiradora. Um registro fraterno de derreter o coração com uma sonoridade soul clássica (“23”, “Spirit”), acústica (“Know That You Are Loved”) e gospel (“We Need You“) que transita com sofisticação pelos anos 70 aos dias atuais.
• Wanda Jackson – Encore
(Big Machine/Blackheart)
A lendária Wanda Jackson, a Rainha do Rockabilly, vem acompanhada da roqueira Joan Jett e Kenny Laguna em oito canções que foram gravadas antes de anunciar a aposentadoria em 2019 e desligar-se da indústria da música. Jett aparece em várias das faixas, incluindo “Treat Me Like a Lady” e “Two Shots”, que também inclui a participação da cantora de blues Elle King. Encore conta com uma coleção de músicas pessoais e um capítulo final digno do que tem sido uma carreira verdadeiramente esplêndida. Jackson entrega o bastão para a próxima geração de mulheres capacitadas, prontas para enfrentar a roda da fama.
• The Joy Formidable – Into the Blue
(The Joy Formidable)
Os galeses do The Joy Formidable concedem riffs explosivos iluminados pelo shoegaze e riffs pós-punk em Into The Blue. São sons mastodônticos com o intuito de garantir a empatia do público num disco de rock eclético que celebra momentos de beleza e amor, focar no positivo e aprender a valorizar a vida outra vez – num mundo pandêmico e sinistro com uma sensação de confiança. Embora a fórmula da banda com camadas de guitarras distorcidas (“Chimes”), ritmos impulsivos (“Interval”), melodias vocais suaves (“Into the Blue”) esteja presente e aplicada, sua execução é variada o suficiente para manter as coisas surpreendentes.
• Marina Sena – De Primeira
(Alá & Quadrilha / Altafonte)
De Primeira é o álbum de estreia da carreira solo de Marina Sena, conhecida por emprestar sua voz para as bandas Rosa Neon e A Outra Banda da Lua. O pop latino (“Voltei Pra Mim”), o samba (“Tamborim”), o axé, funk carioca (“Seu Olhar”) e a MPB (“Cabelo”) desenvolvem-se na sonoridade segura do disco que manifesta uma modernidade ímpar conectada ao timbre espontâneo e sedutor da artista.
• Angel Olsen – Aisles
(Jagjaguwar)
Quando Angel Olsen começou a gravar Aisles, ela disse que queria se divertir com o processo, fazendo versões de várias canções da década de 80 que tinha ouvido enquanto caminhava pelos corredores de sua mercearia local em Asheville. No projeto, a artista entrega uma atmosfera apática e sintetizada para clássicos como “Eyes Without a Face” de Billy Idol, “Safety Dance” do Men Without Hats, “Gloria” de Laura Branigan, “Forever Young” do Alphaville e “If You Leave” do O.M.D..
• Eddu Porto – Tudo Que Me Interessa Agora
(Altafonte)
Tudo Que Me Interessa Agora é a estreia do multi-instrumentista Eddu Porto, ex-baterista da banda paulista ATR. Elementos da música brasileira, como a bossa nova e pop, vão de encontro de melodias vocais confortáveis e sintetizadores marcantes, resultando em uma convergência entre o mundo digital e o analógico (“Pra Si Mesmo”) com um certo tom de nostalgia (“Calma”). Com participação especial da ex-baterista da banda Ventre, Larissa Conforto (a.k.a. Àiyé), “Acontece” evidencia uma escalada na estética sonora do EP.
• Vários Artistas – Flagday (Original Soundtrack)
(Altafonte)
Os selos Seattle Surf e Republic Records lançam a trilha sonora do novo filme de Sean Penn, ‘Flagday’. O projeto apresenta oito composições escritas por Eddie Vedder e Glen Hansard, incluindo duas canções interpretadas pela filha de Vedder, Olivia, e três novas músicas de Cat Power. Além disso, Power entrega um cover de “I Think of Angels”, dos islandeses do KK, e Eddie Vedder interpreta “Drive”, clássico do álbum Automatic for the People do R.E.M..
