7 discos para ouvir hoje: Lil Nas X, Mini Trees, José González, Alex Taylor, Tagore e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Lil Nas X, Mini Trees, James Vincent McMorrow, José González, Alexis Taylor, Tagore e Vanguart.

Lil Nas XMONTERO
(Sony Music)

Em seu disco de estreia, Lil Nas X manifesta uma revolução decisiva na cena do rap e do pop. Com sucessos garantidos (“MONTERO (Call Me by Your Name)”, “INDUSTRY BABY”), MONTERO brinca com a exploração de gêneros musicais como rock (“LOST IN THE CITADEL”), trap (“SCOOP”), country (“THATS WHAT I WANT”) e baladas (“VOID”, “AM I DREAMING”) para acarear com convicção a própria jornada, conflitos e traumas como um homem preto e gay desfrutando o sucesso (“SUN GOES DOWN”). Destaque para as colaborações acertadas de nomes como Doja Cat, Jack Harlow, Elton John, Megan Thee Stalion e Miley Cyrus.

Mini TreesAlways In Motion
(Run For Cover)

A cantora e compositora Lexi Vega (a.k.a. Mini Trees) coloca uma reflexão de memórias pacíficas do passado e olhar receoso para o futuro em seu material de estreia. O resultado é uma coleção pura e introspectiva de canções indie pop rock – que ela define como ‘living room pop’ e com potencial de satisfazer o público de Mitski – para refletir uma ansiedade coletiva sobre as incertezas da vida (“Moments in Between”, “Carrying On”), relacionamentos (“Spring”) e deduzir que as mudanças devem vir de um olhar introspectivo (“Cracks in the Pavement”).

James Vincent McMorrowGrapefruit Season
(Columbia Records)

O quinto álbum de estúdio do irlandês James Vincent McMorrow conta a ajuda de grandes produtores – Paul Epworth, Kenny Beats, Lil Silva e Patrick Wimberly (do Chairlift) – para governar reflexões de que a vida é um verdadeiro caos (“Wainting”), lutas com saúde mental e superar estados de pura fraqueza (“Paradise”) num acervo de baladas folk soul pensativas e eletropop dinâmicas. Cada música é unida pela voz em falsete de McMorrow e uma imaginação musical livre, propositalmente, desamarrada para abraçar as esferas do pop sem escrúpulos (“Gone”).

José GonzálezLocal Valley
(City Slang)

Após seis anos sem lançar um disco solo, o músico sueco José González volta com o seu som célebre e caloroso construído em um folk etéreo e delicado de violões serenos, camadas de loops de sintetizador e sons ambiente (“Visions”). Pela primeira vez gravando uma canção em espanhol (“El Invento”) e inspirado pela música do Caribe e África Ocidental (“Swing”), Local Valley é uma fuga da vida moderna e um olhar íntimo (“Lilla G” é escrita para a sua filha) através da sonoridade minimalista, charmosa e ágil de González.

Alexis TaylorSilence
(Orbistor Records)

Alexis Taylor, mais conhecido como o vocalista do Hot Chip, lança o sexto disco da carreira solo como cantor e compositor. Concebido durante o isolamento social, Silence é um álbum conceitualmente rico e comovente (“House Of The Truth” é uma faixa descartada pelo Hot Chip) insuflado pela música gospel para manifestar questões religiosas (“Dying In Heaven”, “I Look To Heaven”) e desvendar uma faceta afetiva e escondida do artista em vocais afetuosos, pianos gentis, violões dedilhados e seções de cordas apuradas.

TagoreMaya
(Estelita)

O cantor e compositor pernambucano compartilha o terceiro disco de estúdio sob produção de Pupilo (Céu, Gal Costa) e com uma participação especial da banda Boogarins (“Drama”). O registro, “sobre a saudade, sobre a falta que uma pessoa pode fazer” como ele apresenta, pode ser considerado um divisor de águas na carreira deste expoente da música psicodélica nacional, pois além de introduzir novas texturas, revela um Tagore menos etéreo e mais pop.

VanguartIntervenção Lunar
(Deck)

Entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021, a Vanguart esteve em estúdio e gravou algumas canções inéditas. As novas composições serão lançadas em dois álbuns. O primeiro, Intervenção Lunar, traz a banda mais próximo de seu centro do que nunca. As faixas expressam a intimidade e a doçura que se anunciavam em Vanguart Acoustic Night. Se no projeto anterior, Beijo Estranho, o grupo apostava em orquestrações épicas e uma camada colossal de instrumentos, o novo disco tem o papel de trazer o ouvinte para perto de si de maneira inédita. Como sempre, há composições de Helio Flanders e Reginaldo Lincoln, e dessa vez uma canção totalmente autoral de Fernanda Kostchak, que não só compôs como canta em “Lá Está”.