7 discos para ouvir hoje: Hatchie, Pusha T, Fontaines D.C., S. Carey e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Hatchie, Fontaines D.C., Pusha T, S. Carey, Jane Inc., Labrinth e Diogo Strausz.

HatchieGiving The World Away
(Secretly Canadian)

O segundo disco de estúdio do Hatchie, projeto indie pop da australiana Harriette Pillbeam, é uma reinvenção da estreia Keepsake. Com produção de Jorge Elbrech (Sky Ferreira, Japanese Breakfast), Giving The World Away aventura-se pela sonoridade cinematográfica do new wave, dream pop, acid house e uma ideia distorcida do shoegaze dos anos 90 (“This Enchanted”). A artista recupera emoções, expande a paleta sonora, confronta desilusões (“Quicksand”, escrita com Dan Nigro e que coloca a artista nos trilhos do pop de Olivia Rodrigo) e relacionamentos tumultuados (“Lights On”) numa carta de amor à vulnerabilidade e melancolia.

Fontaines D.C.Skinty Fia
(Partisan Records)

Depois de lidar com aspectos da fama no segundo disco de estúdio, A Hero’s Death, os roqueiros irlandeses do Fontaines D.C. encontram inspiração na vida longe da terra natal (“In ár gCroíthe go deo” – ‘em nossos corações para sempre’) em Skinty Fia. Parte romance agridoce (“I Love You”) e paranoico (“Skinty Fia”), parte triunfo político sombrio (“Roman Holiday”), as músicas acabam por formar uma carta de amor de longa distância (“How Cold Love Is”), enquanto recriam novas vidas em outros lugares com um espírito post-punk no som irregular de riffs celestiais (“Nabokov”) e vocais taciturnos.

Pusha TIt’s Almost Dry
(Getting Out Our Dreams / Def Jam)

O quarto álbum de estúdio de Pusha T é mais uma obra-prima na carreira do rapper. O álbum de 2018, Daytona, pode ter sido considerado o ápice de sua carreira, elogiado por fãs e críticos. Mas, em It’s Almost Dry – o resultado de um novo pai paranoico e em quarentena por conta do COVID-19 -, ele engrandece o repertório com raps presunçosos sustentados por uma produção exemplar de dois dos maiores nomes do hip hop – Kanye West e Pharrell Williams – dividindo criatividade e produzindo clássicos instantâneos. West com os samples soul (“Dreamin Of The Past”) e Williams (“Neck & Wrist”) com as teclas ágeis e cristalizadas (“Scrape It Off”) na junção de tendências (“Rock N Roll”).

S. CareyBreak Me Open
(Jagjaguwar)

S. Carey, mais conhecido como backing vocal e baterista do Bon Iver, promoveu a brilhante carreira solo por meio de temas da natureza e sustentabilidade, composições indie folk celestiais construídas a partir do jazz e letras sinceras e emotivas. Break Me Open vê o artista enfrentar a dor de seu casamento desmoronar (“Dark”, “Desolate”), a morte do pai e o crescimento de seus filhos (“Paralyzed”), emergindo com um sentimento de gratidão e generosidade, como um encontro de Sigur Rós e Sufjan Stevens no confessionário, ao imprimir desamparo em cada uma das composições.

Jane Inc.Faster Than I Can Take
(Telephone Explosion Records)

O segundo disco solo de Carlyn Bezic (a.k.a. Jane Inc.), conhecida por trabalhos no Ice Cream e U. S. Girls, usa todas as ferramentas à sua disposição – uma habilidade de Prince para rasgar riffs harmônicos de guitarra sobre grooves profundos e dançantes (“Human Being”), uma vontade de experimentar com a forma – do folk pop (“An Ordinary Thing”) à tropicália (“Picture of the Future”) ou o glam (“Pummelled Into Sand’) – e um lirismo que liga o pessoal e o político.

LabrinthEuphoria Season 2 Official Score
(Columbia Records)

O cantor, compositor e produtor Labrinth está finalmente recebendo o reconhecimento que merece. A trilha sonora da segunda temporada da série ‘Euphoria’ é espetacular. Com um total de 24 faixas, este trabalho nunca vai envelhecer e tem algo para todos os gostos. Do gospel ao rap ao funk eletrônico, o artista redefiniu os padrões de quão musicalmente diversas as trilhas sonoras deveriam ser.

Diogo StrauszFlight of Sagittarius
(Risco / Tratore)

O compositor, arranjador e multi-instrumentista carioca Diogo Strausz – conhecido por trabalhos com Thiago Pethit e Alice Caymmi – apresenta o EP Flight of Sagittarius. Entre o boogie old school de Marcos Valle e o jazz funk de Azymuth, o groove ensolarado de Nu Genea (“Flight of Sagittarius”), as produções eletro-funk de Guts, um cover Deixar A Gira Girar –  clássico da música popular brasileira do grupo baiano Os Tincoãs – e um remix da faixa-título assinado pelo produtor e DJ francês Yuksek, Flight of Sagittarius é uma festa retrô atual imersiva.