Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: FKJ, Graces Ives, Nick Mulvey, Neneh Cherry, Yann Tiersen e George Ezra.
• FKJ – V I N C E N T
(AWAL)
Vincent Fenton (a.k.a. FKJ) é um multi-instrumentista virtuoso e produtor com um pé no novo mundo e outro no velho, fazendo música com alma e sem limites para uma geração inquieta. Suas músicas misturam jazz, R&B, neo soul, folk, rock e batidas experimentais com uma complexidade e intimidade que o coloca no mesmo nível de Tom Misch, James Blake e Jacob Collier. O conceito de V I N C E N T, o segundo álbum de estúdio do artista, surgiu durante uma viagem solo à Los Angeles antes de 2020. Ele percebeu que queria aproveitar a liberdade de ser adolescente e trazer os fãs nesta jornada enquanto redescobria a inocência perdida em sua vida através de músicas caleidoscópias. O registro conta com participações especiais de Santana (“Greener”), Little Dragon (“Can’t Stop”), ((( O ))) (“Brass Necklace”) e Toro y Moi (“A Moment Of Mystery”).
• Grace Ives – Janky Star
(True Panther Records)
Janky Star é o segundo disco de estúdio de Grace Ives, artista alt pop inspirada por nomes como Rihanna e Britney Spears – mas com uma estrutura pop fora do convencional -, seguindo o aclamado 2nd de 2019. As 10 faixas estão sobrecarregadas de sintetizadores e ritmos inusitados em que a artista ostenta espaços tranquilos para refletir honestamente sobre a luta contínua para encontrar estabilidade e felicidade (“Lullaby”). Bem como as tentativas de acertar ou errar ao rastrear um senso de propósito e otimismo (“Angel Of Business”), quando as probabilidades parecem aglomeradas contra ela. Tocando na sobriedade, overdoses e no desejo de escapar da realidade da vida moderna (“Loose”), Janky Star concentra-se nas recompensas de desacelerar e finalmente encontrar um lar para si num mundo em constante mudança. O registro é coproduzido com Justin Raisen, conhecido por trabalhos com Yves Tumor, Sky Ferreira, Charli XCX.
• Nick Mulvey – New Mythology
(Universal Music)
Para chegar a este álbum, o aclamado artista e compositor percorreu um longo caminho – tanto experimentalmente, musicalmente e filosoficamente. Músico, compositor e produtor, o trabalho de Nick Mulvey ultrapassa os limites da composição e do som, música tradicional e experimental, acústica e eletrônica. New Mythology explora a vulnerabilidade da experiência humana cotidiana; tornando-se pai, doença e morte (“Begin Again”), navegando na pandemia, mas também a jornada de Nick para calcular o alcance e a escala de seus sentimentos: uma tentativa de incorporar o pessoal até o planetário – e entender sua verdadeira inseparabilidade. O disco foi gravado durante a pandemia em Paris com o renomado produtor Renaud Letang (Feist, Connan Mockasin).
• Neneh Cherry – The Versions
(AWAL)
A cantora e compositora sueca Neneh Cherry une-se a algumas das artistas femininas mais empolgantes da atualidade para revisitar clássicos da carreira no álbum The Versions. O registro colaborativo apresenta nomes como Robyn (“Buffalo Stance”), Sia (“Manchild”), ANOHNI (“Woman”), Greentea Peng (“Buddy X”), Kelsey Lu (“Manchild”), Sudan Archives (“Heart”), entre outras honrando o legado e os sucessos icônicos de álbuns como Raw Like Sushi (1989), Homebrew (1992) e Man (1996) da artista.
• Yann Tiersen – 11 5 18 2 5 18
(Mute)
O lançamento de 11 5 18 2 5 18 nasceu da experimentação no estúdio antes de uma apresentação no festival de sintetizadores e modulares de Berlim, Superbooth. Com mais tempo do que o habitual para se preparar para seu set ao vivo, o músico e compositor francês Yann Tiersen, da famosa trilha sonora de ‘O Fabuloso Destino de Amélie Poulain’, viu-se em seu estúdio em Ushant, completando a história que começou com o álbum Kerber de 2021 – que apresentou um mundo eletrônico texturizado e altamente imersivo. Usando samples como base, o músico reprogramou e recompôs os áudios para criar números inteiramente novos, abstratos e descontextualizados das versões originais no qual samples de piano se desdobram e derivam através de um pulso eletrônico hipnotizante.
• George Ezra – Gold Rush Kid
(Sony Music)
O terceiro registro de estúdio do garoto de ouro do indie pop George Ezra preserva a fórmula cativante, repetitiva e suave dos trabalhos anteriores – logo nas primeiras faixas do disco -, mas com novos níveis de introspecção e sentimentos (“Gold Rush Kid”) nas composições. Oferecendo uma coleção de músicas mais íntima e atadas com lirismo reflexivo que criam um corpo de trabalho informal e autobiográfico (“Green Green Grass”). O material abrange temas sombrios como saúde mental (“I Went Hunting”), histórias de amor (“Sweetest Human Being Alive”) e desilusões (“Manila”) mitigadas por um som acolhedor e desenfreado de ganchos simples, leves e otimistas. Gold Rush Kid é melancólico, mas ainda assim encantador.