Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Jack White, She & Him, Rico Nasty, Cuco, Beach Bunny, The Kooks, Michael Dunstan e Flo Milli.
• Jack White – Entering Heaven Alive
(Third Man Records)
Jack White lança o segundo álbum do ano e sucessor de Fear Of The Dawn. Onde o trabalho anterior deslocou uma fúria explosiva numa odisseia experimental e bagunça magnífica, Entering Heaven Alive traz a essência acústica e pura do músico (“All Along the Way”, “All Along the Way”) em sua forma mais descomplicada. Auxiliado de moderados e cativantes solos de guitarra elétrica (“I’ve Got You Surrounded (with My Love)”), violões brandos (“Please God, Don’t Tell Anyone”), orquestrações teatrais (“Help Me Along”, “Queen of the Bees”) e dramáticas (“A Tree on Fire From Within”), White reflete a própria existência (“If I Die Tomorrow”), a enigmática jornada do amor (“Love is Selfish”) e fardos do passado.
• She & Him – Melt Away: A Tribute To Brian Wilson
(Concord)
O She & Him é conhecido pelos arranjos requintados, interpretações rebuscadas e originais bem desenhados. Em Melt Away: A Tribute to Brian Wilson, a dupla idealizada uma carta de amor memorável ao pop inspirado no sul da Califórnia dos anos 60 ao revisitar clássicos do icônico compositor Brian Wilson, líder do Beach Boys. Canções como “Darlin”, “Wouldn’t It Be Nice”, “‘Till I Die”, entre outras ganham a assinatura doce e afetuosa de Zooey Deschanel e M. Ward.
• Rico Nasty – Las Ruinas
(Sugar Trap)
Já faz cerca de um ano e meio desde o álbum de estreia de Rico Nasty, Nightmare Vacation. Na mixtape Las Ruinas, a rapper complementa uma linguagem punk rock ao repertório com atitude rebelde e particular (“Black Punk”, “Blow Me”) flertando com elementos do drum ‘n’ dance (“Messy”), dancehall (“Dance Scream”), industrial (“Skullflower”, “Intrusive”), emo (“Into The Dark”), acústico (“Easy”), deep house (tomando o single “Jungle” de Fred again… para si) e muito mais. O resultado é a obra mais experimental e vulnerável – com os altos e baixos da carreira nos versos – até o momento da artista em 17 faixas dominadas pela postura vocal caótica e energia criativa. Destaque para as colaborações com Bktherula, Teezo Touchdown e Marshmello.
• Cuco – Fantasy Gateway
(Interscope)
Fantasy Gateway desperta um novo capítulo para o cantor, compositor e multi-instrumentista Omar Banos (a.k.a. Cuco) ao longo de 12 músicas, cantadas em espanhol e inglês, que ajustam brilho psicodélico (“Paraphonic”) em sintetizadores melódicos e indie pop visionário. Navegando por um universo de sonhos e romantismo (“Fin Del Mundo”), o músico encontra uma realidade escapista (“Caution”) através de batidas descontraídas (“Foolish”), guitarras difusas reverberadas (“Sweet Dissociation”), eletrônica etérea e tempero bossa nova (“Aura”). O segundo álbum, sucessor de Pari Mi de 2019, contém participações de Kacey Musgraves e Adriel Favela no country pop mariachi “Sitting In The Corner”, DannyLux em “Decir Adiós” e Bratty em “Fin Del Mundo”.
• Beach Bunny – Emotional Creature
(Mom+Pop)
À medida que o bloqueio se aproximava em 2020, a cantora Lili Trifilio estava encerrando uma turnê em torno do álbum de estreia do Beach Bunny, Honeymoon. De repente, ela se viu de volta à casa dos pais, lidando com a nova realidade. Para perseverar, ela se refugiou em histórias de ficção científica e na imaginação sempre ativa. Idealizou novos lugares para viajar em sua mente, assim sonhando com grandes e bombásticos sons do pop para edificar o universo de Emotional Creature. Simultaneamente sobre o crescimento pessoal, o registro é uma coleção de canções altamente relacionáveis que capturam os altos e baixos de novos relacionamentos, as alegrias e vulnerabilidades de deixar alguém entrar (“Karaoke”, “Fire Escape”), as realidades angustiantes de experimentar ansiedade (“Eventually”), deixar relacionamentos tóxicos (“Deadweight”) e ver a si mesmo através dos olhos de quem você ama (“Love Song”, “Oxygen”). Esses sentimentos complexos são habilmente contrastados com melodias atrativas, refrões estonteantes e uma sutil marca punk.
• The Kooks – 10 Tracks to Echo in the Dark
(Lonely Cat)
Com uma carreira que se estende por quase duas décadas, os pioneiros do indie The Kooks buscam novas inspirações e encontram uma evolução significativa com a infusão de elementos eletrônicos em seu som expressivo. Influenciados pelo synthpop dos anos 80 (“Closer”, “Jesse ames”) ao prog-rock (“Sailing on a Dream”) e groove (“Connection”), 10 Tracks to Echo in the Dark é uma página nova na carreira da banda de Luke Pritchard – talvez, o mais próximo dos antigos trabalhos fica por conta da faixa “Cold Heart”. O trabalho no álbum começou em Berlim com o produtor local Tobias Kuhn (Alice Merton) antes da pandemia e acompanha colaborações com a dupla alemã Milky Chance e o músico sueco de música eletrônica Neikid.
• Michael Dunstan – Impermanence
(Michael Dunstan)
O jovem australiano Michael Dunstan traz sua atitude descontraída calcada por um ritmo de vida mais lento e exemplificado em sua música, que está enraizada em uma mistura de folk tradicional e estilos descontraídos do indie pop (“Okay To Make A Change”), no segundo álbum de estúdio. Através de letras dinâmicas e honestas, o artista reflete sobre viagens, serenidade (“Walk The Streets On Sunrise”) e descobertas pessoais (“Becoming Nobody”, “Death By Your Side”) através de uma sonoridade acolhedora de violões dedilhados, pianos elétricos e percussão orgânica.
• Flo Milli – You Still Here Ho ?
(RCA Records)
A rapper Flo Milli lança o disco de estreia You Still Here Ho ?, que funciona como uma continuação da mixtape Ho, Why Is You Here?, com participações especiais de Babyface Ray (“Hottie”) e Rico Nasty (“Pay Day”). Com samples memoráveis – de “Dilemma” de Nelly em “On My Nervers” a “Get Money” do Junior M.A.F.I.A. em “F.N.G.M.” -, a garota manifesta uma atitude confiante e rimas bem-sucedidas, sem perder a jovialidade (“Conceited”, um viral do Tik Tok) e sensualidade (“Tilted Halo”) na obra.