Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Panda Bear & Sonic Boom, Kasabian, Hudson Mohawke, Sylvan Esso, Danger Mouse & Black Thought, Megan Thee Stallion e Bella Poarch.
• Panda Bear & Sonic Boom – Reset
(Domino)
Os amigos de longa data Noah Lennox (a.k.a. Panda Bear) e Peter Kember (a.k.a. Sonic Boom) apresentam Reset, álbum colaborativo inspirado na coleção de discos americanos de doo wop e rock ‘n’ roll dos anos 50 e 60. Provocando um casamento entre psicodelia e pop retrô em novas formas, a dupla visita clássicos como “Denise” do Randy & the Rainbows (em “Edge Of The Edge”), “Give It To Me (All Your Love)” do The Troggs (em “Go On”), “Save the Last Dance for Me” do The Driftersma (em “Livin’ in the After”), “Three Steps To Heaven” com a guitarra de Eddie Cochrane (em “Gettin’ to the Point”) e mais à sua maneira. As músicas do projeto são tão encantadoras e brilhantes quanto qualquer coisa que Panda Bear ou Sonic Boom fizeram nas próprias carreiras e servem como um testemunho do poder da comunhão e da colaboração.
• Kasabian – The Alchemist’s Euphoria
(Sony Music)
O Kasabian lança o sétimo disco da carreira e o primeiro desde a saída do ex-vocalista Tom Meighan – após ser considerado culpado de agredir a noiva em casa – em 2020. Se o futuro era incerto, Serge Pizzorno assume o microfone e a banda entrega uma energia estrondosa ao buscar se reinventar em The Alchemist’s Euphoria. São faixas de pura exaltação do rock eletrônico em busca de novos caminhos (“ALYGATYR”), rimas eufóricas (“SCRIPTVRE”, “ROCKET FUEL”), pop emergente (“CHEMICAL”), inspiração no drum ‘n’ bass / industrial (“STARGAZR”) e momentos introspectivos (“ALCHEMIST”, “THE WALL”) para entregar uma coleção admirável de novos clássicos.
• Hudson Mohawke – Cry Sugar
(Warp Records)
O produtor escocês de música eletrônica Hudson Mohawke – conhecido por trabalhos com Kanye West e ANOHNI – apresenta o terceiro álbum e o primeiro em sete anos. Cry Sugar acena para a influência maníaca de trabalhos anteriores enquanto traça o inexplorado, um marco na mente brilhante e tumultuada do artista. Abrangendo 19 faixas, o disco reúne um espectro estonteante de ideias baseadas em sua precisão sonora e capacidade de mapear uma jornada perfeita para os ouvintes através de sua galeria de caos controlado. É construído por vários estilos musicais dos clubes, com a energia grandiosa e eufórica das pistas de dança, além da influência de compositores de filmes como John Williams e Vangelis. “A própria trilha sonora demente de Mohawke para marcar o crepúsculo de nosso colapso cultural”, como o material é definido.
• Sylvan Esso – No Rules Sandy
(Loma Vista Recordings)
Descrevendo os três primeiros álbuns do duo de música eletrônica Sylvan Esso como uma trilogia que agora está completa, a vocalista Amelia Meath e o produtor Nick Sanborn conduzem No Rules Sandy, o sucessor de Free Love, como o início de um nova era ao conceber a própria realidade com produções que são mais selvagens, estranhas e catárticas (“Alarm”). Com músicas tristes que soam muito felizes, como “Coming Back” que traz temas como amor e morte, as melodias e harmonias vocais de Meath são levadas ao limite. Extrai o máximo possível de todos os tipos de ritmos – indo do R&B em “Look at Me” ao dance dos anos 90 em “Echo Party” -, explora timbres reverberados de sintetizador (“Moving”) e complementa com arranjados orquestrados sonhadores de Gabriel Kahane (na dub drum ‘n’ bass “Your Reality”). É o Sylvan Esso afirmando que estão “felizmente sendo eles mesmos”.
• Danger Mouse & Black Thought – Cheat Codes
(BMG)
Cheat Codes é o primeiro álbum de hip hop de Brian Burton (a.k.a. Danger Mouse) em dezessete anos – desde sua colaboração com MF DOOM em 2005 – e a única colaboração completa com o rapper Black Thought (integrante do The Roots). A química natural entre os dois transparece na destreza com que os artistas percorrem pelo material. Além disso, é um trabalho independente de qualquer gênero, época ou tendência – sem rótulos e atemporal. É o som da dupla observando a própria cultura e fazendo perguntas para as quais talvez ainda não tenham as respostas. O disco inclui os singles “Strangers” com Run the Jewels e A$AP Rocky, “No Gold Teeth”, “Aquamarine” com Michael Kiwanuka e “Because” com contribuições de Joey Bada$$, Russ e Dylan Cartlidge.
• Megan Thee Stallion – Traumazine
(1501 Certified Entertainment)
Depois de brigar com a gravadora nas redes sociais, o segundo álbum de Megan Thee Stallion chega de surpresa com o aviso prévio de um dia. Traumazine, trabalho que marca o fim da parceria da rapper com a 1501 Certified Entertainment, aborda algumas das controvérsias, as desvantagens da fama (“NDA”) e empoderamento feminino (“Plan B”) na companhia de amigos de destaque para ajudá-la a completar o material. O registro conta com participações de Dua Lipa (“Sweetest Pie”), Latto (“Budget”), Rico Nasty (“Scary”), Jhené Aiko (“Consistency” com sample de “Between the Sheets” do The Isley Brothers), Lucky Daye (“Star”), Future (“Pressurelicious”) e muito mais.
• Bella Poarch – Dolls EP
(Warner)
A artista viralizada filipino americana Bella Poarch, uma das personalidade mais populares do TikTok, lança o EP de estreia via Warner Music. O compacto com seis faixas, que vagam entre o pop sombrio e clima circense ou de canção de ninar com produção de Sub Urban e Elie Rizk, soa como algo que Billie Eilish pensaria anos atrás – em números como “Build a Bitch”, “Dolls” e “No Man’s Land” na companhia de Grimes – para a artista oferecer uma versão auto poderosa e confiante de si mesma.