6 discos para ouvir hoje: SZA, Nina Hagen, Burn The Louvre, Leland Whitty e mais

SZA / Instagram

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: SZA, ††† (Crosses), Nina Hagen, Leland Whitty, Burn The Louvre e filous.

SZAS.O.S.
(Top Dawg Entertainment / RCA Records)

Após cinco anos do álbum de estreia, CTRL, SZA vem ao nosso resgate com S.O.S.. Assim como no trabalho anterior, a artista mantém a sonoridade confiante ao cantar amores destrutivos (“Seek and Destroy”), perdas (“F2F”), ideias de vingança (“Kill Bill”), abandono (“Gone Girl”), autoestima (“S.O.S”), sensualidade (“Conceited”), rejeição (“Far”), esquecer o passado (“Good Days”) e resgatar uma confiança para o futuro (“Forgiveless”). Além das clássicas e exuberantes baladas R&B, a cantora explora terrenos do folk em “Nobody Gets Me” – que evoca “Fade Into You” do Mazzy Star -, pop punk em “F2F” ao relatar a busca de conforto em corpos de outras pessoas e uma versão, praticamente, atualizada de “Creep” do Radiohead nos versos de “Special”. Entre as colaborações, temos nomes como: Travis Scott (retomando a parceria iniciada em “Love Galore”) com rimas piedosas em “Open Arms” e que encerra com uma espécie de ritual tribal musicalmente, Don Toliver em “Used”, Phoebe Bridgers em “Ghost in the Machine” e Ol’ Dirty Bastard em “Forgiveless” que traz o sample de “Hidden Place” de Björk.

††† (Crosses)PERMANENT.RADIANT
(Warner Records)

Após quase uma década, o ††† (Crosses), projeto dos músicos Chino Moreno (vocalista do Deftones) e o produtor/multi-instrumentista Shaun Lopez (do grupo de post-hardcore Far), retoma as atividades. PERMANENT.RADIANT, o primeiro registro de inéditas produzido pela dupla desde o homônimo compacto de 2014, combina música eletrônica com rock atmosférico (“Sensation”), sons industriais (“Holier”), synthrock à la de Depeche Mode (“Vivien”), sons ambientes e música urbana latina (“Day One”) na ampla sonoridade imersiva. No material, os vocais de Moreno e versos emotivos garantem papel complementar à atmosfera sombria e cinematográfica aos arranjos misteriosos criados em sintetizadores e percussão pulsante que cercam as composições.

Nina HagenUnity
(Groenland Records)

Após 11 anos, o ícone punk alemão Nina Hagen está finalmente de volta. As 12 faixas de Unity nos levam a uma jornada através de uma selva musical densamente, repleta de trinados, zumbidos e chiados. Sotaque country cantado sobre grooves de sintetizadores espaciais e rock pop tocando overdub e funk lento sexy. Algumas canções falam de milagres bíblicos, outras são tiradas de justiça social, empoderamento (“United Women of the World”) e há covers: um clássico folk (“16 Tons”), “Redemption Day” de Sheryl Crow e “Blowin’ in the Wind” de Bob Dylan com a letra em alemão.

Leland WhittyAnyhow
(Innovative Leisure)

Leland Whitty, integrante do BADBADNOTGOOD e conhecido por trabalhos com Kendrick Lamar e Kali Uchis, lança o disco de estreia solo. O projeto é um afastamento da banda colaborativa focado na improvisação que fez seu nome. Anyhow apresenta Whitty na guitarra, sintetizador, instrumentos de sopro, produção, composição e cordas. A narrativa é construída em cada uma das faixas de alguma forma. Em vez de uma história específica, ele extraiu de fontes fotográficas e cinematográficas. As influências incluem vários músicos de jazz, de Wayne Shorter a John Coltrane, a compositores contemporâneos como Jon Brion e Jonny Greenwood.

Burn The LouvreSilhouettes
(Broken Glass Records)

O duo canadense Burn the Louvre, de Jordan Speare e Andrew Billone, lança o álbum de estreia, Silhouettes. Construindo uma sonoridade particular com influências de indie rock (“Silhouettes”), folk (“Easy”), garage rock (“Dumb”), punk (“Nice Guy”), upbeat (“Wish We Were”) e atmosfera praiana em ukeleles (“Honolulu”), as canções carregam um apelo pop e acolhedor nas melodias cativantes. São canções joviais e ingênuas regadas de sentimentalismo em letras para lamentar amores que não deram certo, exaltar novas paixões (“Achilles’ Heel”) e refletir brigas que podem ocorrer no meio do caminho (“Driving In The Rain”).

filousA Producer From Viena
(Columbia Records)

Matthias Oldofredi, o produtor austríaco e que se esconde atrás do nome artístico filous, é representado no disco de estreia por nomes ilustres, como: The Kooks (“Hey Love”), Nina Chuba (“Trying Not To Think About”), L Devine (“Early In The Morning”), Daði Freyr (“Sabada”), Emilia Ali (“Over You”), entre outros. Com um som pop inocente em guitarras calorosas, sintetizadores nostálgicos (“Cherry Gun”), batidas cativantes e momentos de pura inspiração clássica (“Queen of the Night”), as músicas de A Producer From Viena designa a assinatura própria do artista.