Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Yves Tumor, 100 gecs, M83, Unknown Mortal Orchestra, Tei Shi e Azekel.
• Yves Tumor – Praise A Lord Who Chews But Which Does Not Consume; (Or Simply, Hot Between Worlds)
(Warp Records)
Praise A Lord Who Chews But Which Does Not Consume; (Or Simply, Hot Between Worlds) é uma obra-prima que mistura imaginativamete gêneros musicais discrepantes, como pós-punk, dance alternativo, pop sombrio e psicodélico, rock alternativo, dark wave e nu metal. O registro apresenta uma abordagem descomedida e subversiva, permitindo Yves Tumor atingir um novo patamar artístico, em cada riff sujo e nervoso de guitarra, ruído eletrônico, som ameno de piano, batida articulada da percussão, baixo trovejante, orquestração (“Ebony Eye”) e coral ao vivo (“Heaven Surrounds Us Like a Hood”). Produzido por Noah Goldstein – conhecido por trabalhos de ROSALÍA a Kanye West -, o material expande a sonância de Yves Tumor para ver o quão ilimitada pode ser: de instantes de leveza e dinâmica ou mais intensos e sombrios. Embora pareça mais fácil e direto que seus trabalhos anteriores, como Heaven To A Tortured Mind, a autenticidade está nos detalhes aprimorados das composições e na abordagem de temas como espiritualidade (“God Is A Circle”) e amor numa qualidade destemida. (“Echolalia”, “Lovely Sewer”).
• 100 gecs – 10,000 gecs
(Dog Show Records / Atlantic Records)
Em 10,000 gecs, a dupla de hyperpop 100 Gecs tem o desafio de superar o sucesso do álbum de 2019, 1000 Gecs, um divisor de águas no pop contemporâneo. O registro mantém a essência de desordem e caos musical criado por Laura Les e Dylan Brady com uma mistura e brincadeira nos gêneros e sons. Iniciando o disco com a introdução do filme ‘THX’ (“Dumbest Girl Alive”), o registro explora o glitch pop (“Doritos & Fritos”), nu metal (“Billy Knows Jamie”), ska (“I Got My Tooth Removed”) e pop punk (“Hollywood Baby”), mas sem perder os atributos que os catapultou (“One Million Dollars”). Mesmo quando incorporam aperfeiçoamento em algo mais convencional, os Gecs acondicionam um senso de curtição própria – sem nunca querer ou levar a sério – em cada uma das músicas.
• M83 – Fantasy
(Mute)
O compositor francês Anthony Gonzalez, detentor do delineamento de música eletrônica M83, vem acompanhado do produtor Justin Meldal-Johnsen (Wolf Alice, Beck) e o multi-instrumentista Joe Berry na construção das paisagens futurista e atmosféricas do nono álbum de estúdio, Fantasy. Depois dos registros Junk e DSVII, o artista restaura o espírito de magnificência do M83 na consonância das guitarras e sintetizadores afrontadas com as composições que residem na melancolia e exploram a ideia de solidão e vulnerabilidade. Com uma variedade de estilos e emoções criadas a partir de traços cinematográficos (“Water Deep”) a quase silenciosos (“Radar, Far, Gone”), épicos (“Oceans Niagara”) ou apenas instrumentais (“Deceiver”), texturas dos anos 80 com algumas interferências de Joy Division (“Amnesia”) a Cocteau Twins (“Laura”), Gonzaléz transparece sua narrativa cósmica e interpessoal ao inventar o próprio universo sci-fi.
• Unknown Mortal Orchestra – V
(Jagjaguwar)
O som rock psicodélico da banda neozelandesa Unknown Mortal Orchestra sempre trouxe um som clássico e entusiástico, ideal para qualquer ocasião com sua habilidade em criar tanto músicas com letra quanto instrumentais. No primeiro álbum duplo, e talvez o melhor até agora, Ruban Nielson fez um esforço para se conectar com parentes em Hilo, Havaí, e suas heranças. As faixas exploram a natureza melódica do rock dos anos 70 (“The Garden”), pop ensolarados, exercícios de jazz funk (“The Widow”), soul psicodélico, reggae (“Layla”), pianos melancólicos e sons ambientes em músicas sobre mortalidade e compaixão. É um trabalho que irradia uma energia vibrante, ao mesmo tempo em que lida com os aspectos mais sombrios do artista.
• Tei Shi – BAD PREMONITION
(Tei Shi LLC)
BAD PREMONITION reflete um período de conflito em que a cantora e compositora colombiana-canadense Valerie Teicher Barbosa (a.k.a Tei Shi) travava uma batalha com a opressiva indústria da música, mais especificamente a falta de pagamentos da antiga gravadora. Com mensagens diretas para os antigos empregadores (com versos como “que você não entende, eu preciso desse dinheiro” no breakbeat pop “GRIP”), suas frustrações e decepções encaradas no meio artístico (“¿QUIÉN TE MANDA?”) e o fato de lidar com as próprias instituições (“BAD PREMONITION”), a artista compartilha uma série de desgostosos armados num pop arte cativante e atmosférico explanado nos versos em espanhol e inglês.
• Azekel – Analyze Love
(Thunderlightning Recordings)
Azekel é um compositor multifacetado, nascido na Nigéria e criado no leste de Londres, que incorpora as diferentes vertentes de sua herança em sua música. Ele cria algo fresco e emocionante, subvertendo convenções enquanto as abraça. A temática da mixtape de estreia, Analyze Love, gira em torno da noção de amor, explorando diversos tipos de relações, como amor romântico, amor paterno, amor entre familiares e amor pela comunidade. Azekel traz uma perspectiva única e pessoal sobre a temática, acrescentando um toque autêntico e original às músicas na companhia de artistas, como: NAO, Ebo Taylor, Made Kuti, Kwesi Arthur, Kojey Radical, Ivy Sole, anaiis, Moses Boyd e Charlie Stacey.
