PJ Harvey lança seu décimo álbum de estúdio, intitulado I Inside the Old Year Dying, no dia 07 de julho via Partisan. Após apresentar o single “A Child’s Question, August”, a artista compartilha a faixa inédita “I Inside the Old I Dying”.
De acordo com a própria artista, o disco foi escrito ao longo de um período de três semanas, embora tenha sido inspirado por ideias que remontam a 2017, quando ela sentiu que havia perdido sua conexão com a música.
Buscando reavivar sua conexão com a composição, a inspiração para as novas faixas foi descoberta ao seguir o conselho do cineasta Steve McQueen, que a encorajou a ignorar o “processo de escrever um álbum” e, em vez disso, redescobrir a razão pela qual ela se apaixonou por “palavras, imagens e música”.
Em nota, a artista conta sobre o processo da canção “I Inside the Old I Dying”:
“Essa música delicada e linda nos iludiu até o último dia no estúdio. Nas cinco semanas anteriores, tentamos muitas vezes capturá-la e falhamos, mas então John reinventou a sensação do padrão de guitarra. Enquanto ele estava demonstrando na sala de controle, Flood me deu um microfone e apertou o botão de gravar enquanto eu me sentei ao lado de John tentando descobrir como cantar ela. O resultado de alguma forma captura o desejo etéreo e melancólico que eu estava procurando. Na letra todos esperam o ressurgimento do salvador – todos e tudo antecipam a chegada dessa figura de amor e transformação. Há uma sensação de desejo e despertar sexual e de movimento de um reino para outro – da criança para o adulto, da vida para a morte e para o eterno”.
A música, produzida por John Parish e Flood, é ambientada numa atmosfera sombria com dedilhado de guitarra, percussão tênue e sons de sinos tocando. Os vocais sussurrados de Harvey apresentam uma série de imagens e metáforas, aludindo à ressurreição e evocando nostalgia da infância, criando uma atmosfera misteriosa e simbólica, com elementos da natureza e referências espirituais.
Sobre o videoclipe animado, a dupla de diretores Cristóbal León e Joaquín Cociña conta:
“Nós imaginamos o vídeo como uma pequena história sobre amor, morte e ressurreição. Imaginamos que o vídeo pode ser visto como um pequeno conto de fadas e também como um ritual íntimo. Queríamos manter a animação em um estado de crueza cênica e material, como se os elementos que vemos não fossem personagens ou adereços, mas artefatos e talismãs que fazem parte de uma cerimônia”.