Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: André 3000, Dolly Parton, Mo Troper, Danny Brown, Daft Punk, Ali Sethi & Nicolas Jaar, Emeli Sandé e Elisabeth Elektra.
• André 3000 – New Blue Sun
(Lame-O Records)
O rapper e músico André 3000 lança o álbum solo New Blue Sun, 17 anos após o último trabalho do OutKast, Idlewild. Com uma sonoridade que combina percussão pacífica, acordes de sintetizador etéreos e improvisações com diversos instrumentos de sopro, como flauta maia e instrumento digital de sopro, em composições longas com uma estética clássica surreal, o artista colaborou com o produtor Carlos Niño e músicos como o guitarrista Nate Mercereau, o tecladista Surya Botofasina, o baterista Deantoni Parks e a cantora Mia Doi Todd. Os títulos das músicas acentuam de maneira criativa a experiência do material, incluindo entradas autorreferenciais como é o caso de “I swear, I Really Wanted To Make A ‘Rap’ Album But This Is Literally The Way The Wind Blew Me This Time” (algo como “Eu juro, eu realmente queria fazer um álbum de ‘Rap’, mas foi literalmente assim que o vento me soprou desta vez”). O trabalho, mesmo sem nenhuma linha de rap, representa uma jornada e progressão drástica de André 3000 no estudo de instrumentos de sopro através da música minimalista e experimental, com uma abordagem tribal e transcendental.
• Dolly Parton – Rockstar
(Butterfly Records/Big Machine)
Dolly Parton uniu forças com alguns dos artistas mais lendários do rock, juntamente com as maiores estrelas da atualidade, para lançar seu primeiro álbum de rock, intitulado Rockstar, inspirado por sua indicação para o Rock and Roll Hall of Fame. A lendária cantora de country juntou-se a um elenco de estrelas da música para criar uma coleção de 30 músicas, que inclui nove faixas originais (“Blue My Tears”, “I Dreamed About Elvis”) e 21 hinos icônicos que se aproximam sem grandes variações das versões originais. Alguns de seus clássicos apresentam os artistas originais, como “Every Breath You Take” com Sting, “Baby, I Love Your Way” com Peter Frampton, “Heart of Glass” com Debbie Harry e “Heartbreaker” com Pat Benatar. Enquanto outras são colaborações criativas, como “(I Can’t Get No) Satisfaction” com P!nk e Brandi Carlile, “Night Moves” com Chris Stapleton e “Stairway to Heaven” com Lizzo tocando flauta.
• Mo Troper – Troper Sings Brion
(Lame-O Records)
O músico de power pop Mo Troper lança o álbum Troper Sings Brion, um projeto apaixonado que traz covers de 11 raridades inéditas de Jon Brion, produtor conhecido por seus trabalhos com Fiona Apple e Kanye West. As músicas foram retiradas de demos e gravações ao vivo, reinterpretadas por Troper. A seleção inclui faixas que Brion nunca lançou oficialmente, e o artista escolheu aquelas que o fizeram pensar em criar uma versão oficial, considerando tão boas quanto qualquer coisa em Meaningless, álbum solo de Brion de 2001. Ao reinterpretar as músicas, ele respeita o material original, destacando seus melhores aspectos e proporcionando uma nova perspectiva, muitas vezes suavizando as camadas de reverb e ajustando as guitarras. O projeto reflete o apreço de Mo pela obra de Brion e sua busca por resgatar e reinventar músicas pouco conhecidas.
• Danny Brown – Quaranta
(Warp Records)
Quaranta, o sexto álbum de estúdio de Danny Brown, revela os monólogos internos de um artista que tem intrigado os fãs por mais de uma década. Considerado uma sequência espiritual de de XXX (2011), o projeto explora temas como a infância (“Bass Jam”, “Y.B.P.”), envelhecimento, saúde mental (“Tantor”) e superação pessoal (“Jenn’s Terrific Vacation”), especialmente após um período de luta contra a dependência de drogas que quase custou a vida do rapper (“Quaranta”). Com participações especiais, o álbum oferece letras introspectivas e cruas, batidas variadas, guitarras psicodélicas e seções de metais, revelando um som mais relaxado, mas ainda mantendo a qualidade característica de um dos melhores exportadores musicais de Detroit, que transforma suas experiências de vida em arte.
• Daft Punk – Random Access Memories (Drumless Edition)
(Sony Music)
Após o lançamento da edição de aniversário de 10 anos de Random Access Memories no início deste ano, o Daft Punk apresenta uma nova versão do álbum vencedor do Grammy, intitulado Random Access Memories (Drumless Edition). Desta vez, o duo remove todos os elementos de bateria e percussão, permitindo que o ouvinte explore profundamente as camadas de instrumentação em cada faixa. A ausência desses elementos revela uma nova dimensão das baladas e números cinematográficos, acentuando as elaboradas orquestrações. “Within” destaca o piano melódico de Chilly Gonzales de maneira mais sutil, “The Game Of Love” soa comovente com o vocoder dos robôs, “Beyond” brilha com a guitarra de Greg Leisz e “Touch” revela-se um jazz ambiente sideral ainda mais envolvente.
• Ali Sethi & Nicolas Jaar – Intiha
(Other People)
O cantor, compositor e autor Ali Sethi, há muito tempo fascinado pela música de Nicolas Jaar, finalmente colaborou com o artista chileno. Após anos absorvendo os sons em ambientes casuais, Sethi improvisou vocais e poemas em urdu sobre as produções envolventes de Jaar. O resultado é um trabalho que inclui faixas como “Intiha”, combinando frases evocativas com percussão metálica, “Nazar Se”, onde Sethi canta um poema suave e sensual de sua professora Farida Khanum sobre samples do álbum Telas de Jaar, e “Muddat”, que reconcilia elementos do medieval “kotha” com a loucura de uma rave moderna. Sethi, conhecido por reviver o ghazal, uma forma de poema originada na poesia árabe, adiciona uma nova perspectiva ao estilo, refletindo sua jornada como um jovem queer fora de lugar no Paquistão que se tornou cidadão dos EUA e agora vive na cidade de Nova Iorque. Intiha revela-se uma obra que seduz e desafia, articulando novas identidades em diferentes contextos culturais.
• Emeli Sandé – How Were We To Know
(Chrysalis Records)
How Were We To Know é o segundo álbum independente da cantora e compositora Emeli Sandé, lançado pela Chrysalis Records. O material de 11 faixas explora as complexidades do amor (“All This Love”) e da separação (“How Were We To Know”), através de temas como paixões não correspondidas e relacionamentos tumultuados, incorporando elementos de dance, reggae, pop R&B, soul com influências gospel e baladas emotivas junto à produção de Jonny Coffer (Beyoncé, Miley Cyrus), Jim Jonsin (A$AP Rocky, Usher), DI Genius (Drake, RAYE), Rxwntree, Chris Loco e Mac and Phil. Emeli destaca a coragem necessária para amar, explorando tanto o amor por outros quanto por si mesma, especialmente após experiências de dor. Ela compartilha que essas músicas são como peças de um quebra-cabeça que ela precisou montar e agora sente que é o momento certo para compartilhá-las.
• Elisabeth Elektra – Broken Promises
(Occult Babes)
Broken Promises marca uma nova era para a talentosa artista de avant pop Elisabeth Elektra, que agora assume o papel de uma deusa do pop goth à la Siouxsie and the Banshees. O compacto apresenta colaborações com notáveis como Stuart Braithwaite (do Mogwai), Jonny Scott (do CHVRCHES) e Benjamin John Power (do Blanck Mass, Editors). Juntos, paisagem sonora que oscila entre o melancólico synthpop (“The Dream”, “Green Is Not Your Colour”) e exaltado (“Broken Promises”), com uma sensibilidade pop mística, enquanto os vocais envolventes de Elektra exploram temas de sonhos, magia e fantasias nos relacionamentos (“Circe”), mantendo a esperança de que a luz prevalecerá sobre a escuridão.