Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Haiku Hands, Thy Slaughter, Jonathan Rado, Adam Green, Mika e Trevor Horn.
• Haiku Hands – Pleasure Beast
(Spinning Top Records)
O trio australiano de alt dance Haiku Hands, composto pelas irmãs Claire e Mie Nakazawa, juntamente com Beatrice Lewis, lança o segundo disco de estúdio Pleasure Beast. O grupo abrange uma variedade de estilos com a eletrônica vibrante com doses de trance dos clubes dos anos 90 em “Cool For You”, a eletropop explosiva com batidas incessantes e bombásticas em “Ma Ruler”, a atmosfera sonhadora “Paradise” (composta com Caleb do BROODS), a hipnótica “To The Left” com sintetizadores inquietos à la Cerrone e Giorgio Moroder, a sedutora R&B com sons de trip hop dos anos 90 em “Elastic Love” e o pop com uma aura de M.I.A. em “Chito”. Influenciadas por uma variedade de artistas como Beastie Boys, The Chemical Brothers e ROSALÍA, o registro revela-se uma jornada de diversão e subversão, mesclando gêneros com versos que soam como mantras que resultam em uma declaração sobre desfrutar cada momento, encontrar alegria na vida cotidiana e autoafirmação (“Nunchucka”).
• Thy Slaughter – Soft Rock
(PC Music)
No final do ano, o selo pop experimental, PC music, encerrará a publicação de novas músicas, concentrando-se em projetos de arquivo e reedições especiais. Um dos últimos lançamentos planejados é Soft Rock, o álbum de estreia do Thy Slaughter. O cultuado projeto dos produtores A. G. Cook e Finn Keane (a.k.a. EASYFUN) conta com colaborações adicionais de Charli XCX (“Bullets”, “Heavy”) Caroline Polachek (“Immortal”) e Alaska Reid. A faixa “Lost Everything”, coescrita pela falecida SOPHIE, traz os vocais de Ellie Rowsell, da banda Wolf Alice, para o universo hyperpop dos produtores. “Sentence” é um glitch pop e rock com a bateria acelerada de Ryan McDiarmid, sintetizadores abafados e vocais liderados Keane, que canta um relacionamento tumultuado e dificuldade de comunicação. Já “Don’t Know What You Want”, com suas guitarras cruas e vocais ásperos, soa como um balada indie rock inspirada em Alex G, fazendo com que o registro não fique limitado a uma série de efeitos digitais fragmentados e desorientadores, permitindo que cada integrante evidencie suas reais influências musicais.
• Jonathan Rado – For Who The Bell Tolls For
(Western Vinyl)
Jonathan Rado, um dos produtores mais requisitados no universo do indie (Father John Misty, Whitney, Weyes Blood) e integrante da extinta banda Foxygen, lança seu primeiro álbum solo em uma década, intitulado For Who The Bell Tolls For. O álbum é uma homenagem à amizade, dedicado a amigos que Rado perdeu e àqueles que ele convidou para seu estúdio. Inspirado por álbuns de rock dos anos 1970, o espírito do falecido produtor Richard Swift e o ilustrador Danny Lacy permeiam as composições, conferindo faixas como “Easier” uma sensação tangível de perda. Enquanto “Don’t Wait Too Long” cria uma produção inspiradora com traços de anseio e desesperança. De muitas maneiras, For Who The Bell Tolls For é uma ode musical a Swift, homenageando o legado do produtor, amigo e mentor com épicos que se movimentam entre a felicidade e a melancolia.
• Adam Green – Moping in style: A tribute to Adam Green
(Capitane Records)
No início dos anos 2000, Adam Green destacou-se como um queridinho do indie folk com suas composições descontraídas e espirituosas. Moping in style: A tribute to Adam Green reúne 26 de suas músicas, desde o álbum Garfield de 2002 até seu mais recente That Fucking Feeling, reinterpretadas por artistas de três gerações diferentes. Os covers incluem tanto artistas admirados por Green, como The Lemonheads (“Losing on a Tuesday”) e Lou Barlow (“Never Lift a Finger”), quanto contemporâneos e colaboradores, como Regina Spektor (“We’re Not Supposed To Be Lovers”), Rodrigo Amarante (“Birthday Mambo”) e The Libertines (“Jessica”). O álbum, que permite aos artistas escolherem livremente as músicas a serem revisitadas ao seu gosto, oferece uma mistura eclética, incluindo sucessos conhecidos e outros menos do catálogo de Green.
• Mika – Que ta tête fleurisse toujours
(Universal Music France)
Mika, conhecido por sucessos como “Grace Kelly” e “Relax, Take it Easy”, lança o sexto registro de estúdio, Que ta tête fleurisse toujours. Mantendo sua fórmula de melodias cativantes, pop vibrante e voz impressionante, a novidade é que desta vez o artista compôs todas as músicas em francês. Neste álbum, tão alegre quanto íntimo, o músico abre uma porta para suas memórias e emoções, sem perder sua força pop tão universal e emotiva (“Apocalypse Calypso”). “C’est la Vie” é uma homenagem à sua mãe, que morreu de câncer no cérebro em 2021, “Jane Birkin” é um tributo à atriz e cantora que faleceu no mês de julho de 2023, “Moi, Andy et Paris” canta uma grande discussão com o companheiro que compartilha sua vida há quase duas décadas, e a melancólica “Passager” descreve encontros fugazes e a sensação de estar sempre de passagem. Apesar de não ser em inglês, o resultado é agradável, apresentando uma mistura de estilos, do eurotrance, techno, folk e baladas emotivas, garantindo um retorno sólido do artista ao cenário pop (“Bougez”).
• Trevor Horn – ECHOES – ANCIENT & MODERN
(Deutsche Grammophon)
O influente e inovador produtor Trevor Horn, conhecido por trabalhos ao lado de gigantes como Grace Jones e Pet Shop Boys, é creditado por criar o som dos anos 80. Em ECHOES – ANCIENT & MODERN, ele reinventa 11 faixas icônicas com diferentes vocalistas e arranjos orquestrais. Horn canta a clássica “Avalon” do Roxy Music e produz artistas como Marc Almond (em “Love Is A Battlefield” de Pat Benatar), Tori Amos (em “Swimming Pools (Drank)” de Kendrick Lamar) , Rick Astley (em “Owner Of A Lonely Heart” do Yes), Andrea Corr (em “White Wedding” de Billy Idol), Steve Hogarth, Lady Blackbird (em “Slave To The Rhythm” de Grace Jones), Iggy Pop (em “Personal Jesus” do Depeche Mode), Seal (em “Steppin’ Out” de Joe Jackson), além de colaborar com Robert Fripp (“Relax”).