O cantor, compositor e rapper Rico Dalasam lança o álbum Escuro Brilhante, Último Dia no Orfanato Tia Guga, encerrando assim a trilogia iniciada com Dolores Dala Guardião do Alívio e Fim das Tentativas.
Dalasam relembra a década de 1990, quando morava próximo a um abrigo para menores em São Paulo. Nesse local, ele fez amizades e se acostumou com a dura realidade, como retratado por meio de um visualizador que apresenta imagens do orfanato. Essa experiência é parte de sua jornada pessoal de superação, autodescoberta e liberdade, conforme declara nos versos da faixa de abertura “Doce”. O artista revisita os medos de sua infância relacionados à adoção e à busca por carinho em “Jovinho”, influenciando sua perspectiva posterior sobre a vida nos versos de “Sozinho”, sobre o amor em “Imã”, o amadurecimento em “Sozinho” e a felicidade.
“Certo dia, Fatuma me contou que o juiz deixava devolver a gente se desse problema, e ela já tinha visto três crianças serem devolvidas. Depois desse dia, todos os meus pensamentos eram acerca do que fazer para não ser devolvido. Aprendi a ler bem bonito e falar do que li. Passei a pentear o cabelo de todo mundo, aprendi a jogar xadrez e me empenhar em ser brilhante na escrita, entre outras habilidades que afastassem dessa coisa de ser devolvido”, escreve o cantor nas redes.
O registro, produzido por Dinho, LR Beats, Mahal Pita e Chibatinha, incorpora influências de pop, trap, samba, soul e afrobeats ao longo das dez faixas. O trabalho inclui o single “Espero Ainda”, lançado em junho, e conta com participações especiais das cantoras Liniker na romântica faixa “Quebrados” e Eliana Pittman em “Vicioso”. Esta última utiliza o sample da canção “Nem saudade”, que ficou conhecida na voz da artista na década de 1970.