Corinne Bailey Rae celebra comunidade e identidade no single “SilverCane”

Corinne Bailey Rae / Koto Bolofo

Corinne Bailey Rae apresenta a faixa inédita “SilverCane”, sua primeira novidade desde o lançamento do álbum Black Rainbows. Este projeto musical é inspirado pelos objetos e obras de arte coletados pelo artista e ativista Theaster Gates no Stony Island Arts Bank, um museu em Chicago que preserva a história negra.

A canção, coproduzida por S.J. Brown e que caberia facilmente no repertório de Janelle Monáe, combina elementos de funk com guitarras envolventes à la Prince, eletrônica nebulosa, percussão agitada e o canto terno da artista. A poderosa faixa explora o massacre racial de Tulsa, um dos piores incidentes de violência racial na história norte-americana, que resultou na morte de cerca de 200 negros, ocorrido em Greenwood, Oklahoma, no início do século XX. Apesar da temática, nos versos, a artista expressa orgulho e resistência, celebrando a origem de Greenwood e a identidade, enquanto afirma felicidade e ausência de medo apesar das dificuldades.

Sobre a música, Bailey Rae comenta:

“Conhecido como ‘Black Wall Street’, Greenwood era um distrito rico de uma cidade petrolífera na virada do século XX, com 600 empresas negras, incluindo hotéis, uma empresa de ônibus, restaurantes, 21 igrejas, um hospital e correios. Várias famílias proeminentes possuíam aviões particulares. A destruição de Greenwood ocorreu em 1921 com uma promulgação bem documentada de violência supremacista branca, a primeira ocorrência de bombardeio doméstico na história dos EUA. Mas esta música celebra Greenwood antes disso; as famílias, a liberdade, a confiança, o sentimento de ter criado um lugar longe do ódio e do medo. Há um sentimento sinistro no fundo, pois nós, o ouvinte, sabemos o que está por vir”.