
Após aventurar-se por territórios musicais inexplorados em As Palavras Vol. 1 & 2, misturando forró, funk, samba e outras influências – além de trazer nomes como Milton Nascimento, Liniker, Luedji Luna, Xande de Pilares, entre outros -, o cantor, compositor e produtor carioca Rubel volta às raízes da MPB com canções profundas e introspectivas em seu quarto álbum, Beleza. Mas agora a gente faz o que com isso?.
Com sete canções inéditas de sua autoria, uma adaptação em português de um tema do mexicano El David Aguilar (“A La Ventana, Carolina”, que passa a se chamar “A Janela, Carolina”) e uma releitura de “Reckoner”, clássico do Radiohead, Rubel reafirma seu talento como compositor e produtor, retomando a essência voz e violão do álbum de estreia, Pearl (2013). Desta vez, porém, o artista eleva sua música a novas dimensões, com o apoio de uma orquestra de cordas e sopros sutis que conduz o ouvinte por uma jornada emocional e onírica, atravessando tempos e sensações.
“Esse disco retoma um pouco minhas origens do voz e violão, das canções introspectivas, só que dessa vez mais brasileiro. São músicas sobre a passagem da vida, o tempo, os amores, as amizades, as perdas e os ganhos”, conta Rubel. “O título me remete ao literário: ele te joga dentro de um diálogo, de uma ação, e cada pessoa pode criar o contexto que quiser imaginar para essa frase. Beleza. Mas agora a gente faz o que com isso? Isso é o que? Isso pode ser tudo”, conclui o artista”.
Gravado e produzido pelo artista em seu estúdio caseiro, localizado no Rio de Janeiro, o disco conta com colaborações de Arthur Verocai, participação nos pianos de Antonio Guerra, arranjos sinfônicos assinados por Henrique Albino, mixagem realizada por João Milliet e masterização feita por Felipe Tichauer.
O disco é complementado por um curta-metragem sob a direção de Larissa Zaidan, que atua como um desdobramento visual do projeto, sem a proposta de relatar de forma literal as narrativas das canções. A produção conta com atuações de David Santos, Eduarda Maria, Liz Dórea, Roberto Tonetti e do próprio músico.