Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Perfume Genius, Grouplove, of Montreal, Colours in the Street, Carla Stark, Ioio e O Elevador.
• Perfume Genius – IMMEDIATELY Remixes
(Matador Records)
Mike Hadreas (a.k.a. Perfume Genius) apresenta uma versão de remixes do álbum Set My Heart On Fire Immediately, intitulado IMMEDIATELY Remixes, com um olhar apurado e arrojado de artistas como A. G. Cook (“Describe”), Jaakko Eino Kaleivi, Jim-E Stack, Planningtorock, Jenny Hval, Nídia, Danny L Harle, Westerman, Actress, Katie Dey, Boy Harsher (“Your Body Changes Everything”), entre outros para as composições do músico.
• Grouplove – This Is This
(Atlantic)
Após um ano do lançamento do álbum Healer, a turma indie rock do Grouplove volta com o álbum surpresa This Is This. Há uma euforia juvenil despreocupada em explorar terrenos do universo punk (“This Is The End” soa como uma música esquecida em estúdio por Courtney Love) e do grunge (“Prime Time”), mas espaço de sobra para se deliciar com a natureza pop rock do grupo (“Deadline”, “Shake That Ass”) em melodias majestosas ágeis e acústicas (“Oxygen Swimming”) para cantar amores, relacionamentos conturbados e abuso (“Shout”).
• of Montreal – I Feel Safe with You, Trash
(Kevin Barnes/Sybaritic Peer)
O of Montreal mantém-se constantemente atarefado e chega ao 17º disco de estúdio, I Feel Safe with You, Trash, um anos após o lançamento de UR FUN. O disco concentra toda a estética excêntrica de Kevin Barnes ao longo dos anos (“And We Can Survive Anything”) num pop psicodélico (“Now That’s What I Call Freewave”) que flertar com indie, eletrônica, heavy metal e inspirações de Prince (“Fingerless Gloves”) ao longo do repertório de vinte faixas.
• Colours in the Street – All the Colours
(Velvet Coliseum)
Em seu segundo disco de estúdio, os franceses do Colours in the Street oferecem um pop massivo e resistente para grandes estádios com melodias cativantes e coloridas que apelam para nomes como Bastille, Coldplay e Maroon 5. São números melancólicos marcantes (“Sorry”), auspiciosos (“Somebody”) e com vibrações positivas (“Full of Love”) preparados com doses de eletropop, rock e funk para revelar a animação do grupo.
• Carla Stark – C.
(BeMaD Prodcution)
Depois de seu primeiro álbum (Karma), um trabalho sobre busca por amor e reparação após uma separação, Carla Stark retoma as atividades com o EP C.. Com cinco novas canções, o eclético e bilíngue projeto – que flerta com o inglês e francês – transmite independência e confiança para abordar feridas (“Naive”), inseguranças (“Le Peur Est Humaine”), rebelião (na entusiasta e feminista “Short Skirt. No Bra.”) e, principalmente, aceitação na sonoridade eletropop radiante e requintada da artista.
• Ioio – Inflorescence
(Alter-K Distribution)
A artista autodidata Joséphine Hurtut, detentora do projeto Ioio, propõe uma viagem musical sensível e enigmática seguindo o ciclo íntimo de suas emoções em Inflorescence. Inspirada por nomes como L’Impératrice, iamamiwhoami e Björk, ela constrói pontes entre o universo pop (“Run Run Run”) com vibrações ambientes e eletrônicas em suas produções atraentes (“Domino Tatami”). Da primeira à última canção, observa-se um ciclo de introspecção pessoal de uma personagem em busca de si (“Fusée”), seu lugar no mundo e a própria confiança.
• O Elevador – Nada Para Num Instante
(Tratore)
Nada Para Num Instante, o sucessor de A Fuga do Albatroz no Mundo das Máquinas Loucas (2017) e Fantasia (2018), marca o retorno da banda catarinense O Elevador em uma espécie de viagem astral introspectiva. O disco apresenta questões e conflitos extraídos dessa época atípica da humanidade nas reflexões cotidianas que se intensificaram durante esse período, como apegos e decepções amorosas (“Quadrados”), medos e projeções (“No Espaço em Vão”) embaladas por um rock sereno de vocais delicados, guitarras mansas e sintetizadores cósmicos.