9 discos para ouvir hoje: The Killers, Bright Eyes, Maya Hawke, Cut Copy e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: The Killers, Bright Eyes, Maya Hawke, Bully, Cut Copy, The Lemon Twigs, Erasure, Rey Pila e No Joy.

The KillersImploding The Mirage
(Island)

Brandon Flowers e companhia voltam com o seu pop rock colossal (“Dying Breed”) com ênfase em sintetizadores e sonoridades dos anos 80 e 90, possivelmente um reflexo do afastamento temporário do guitarrista Dave Keuning. A obra revela canções sobre amores, relações familiares e crises existenciais com uma sonoridade rastreada em nomes como Bruce Springsteen (“My Own Soul’s Warning”), David Bowie, Talking Heads  (“Fire In Bone”) e New Order com a ternura e euforia própria da banda. Destaque para as colaborações de k.d. lang (“Lightning Fields”), Weyes Blood (“My God”) e o guitarrista Lindsey Buckingham (do Fleetwood Mac).

Bright EyesDown in the Weeds, Where the World Once Was
(Dead Oceans)

Após uma pausa de nove anos, Down in the Weeds, Where the World Once Was é o primeiro álbum do grupo indie folk rock Bright Eyes. É um trabalho repleto de canções enigmáticas e sombrias que vão de mudanças climáticas a temas pessoais com um olhar ao passado (“Forced Convalescence”). Os arranjos esbeltos que misturam pompa orquestral e efeitos sintéticos cintilantes (“Persona Non Grata”, “One and Done”) resultam em serenatas descontentes no vocal melancólico de Conor Oberst.

Maya HawkeBlush
(Mom+Pop)

Você deve conhecer Maya Hawke pelo papel de Robin em ‘Stranger Things’ ou por ser filha dos atores Uma Thurman e Ethan Hawke. De qualquer forma, ela está progredindo com o lançamento de seu álbum de estreia, Blush. O disco é uma coleção de baladas folk rock afetuosas com letras sobre romances (“Generous Heart”, “So Long”) e o amadurecimento (“Coverage”) que reluzem na produção esmerada de Jesse Harris (Norah Jones, Lana Del Rey).

BullySUGAREGG
(Sub Pop)

O Bully, projeto solo da guitarrista e cantora Alicia Bognanno, volta com o terceiro álbum, o mais expressivo e poderoso de todos. SUGAREGG é estridente (“Where To Start”) na sonoridade visceral de guitarras com acordes irregulares, batidas propulsivas e números contemplativos sobre fantasmas do passado (“Prism”) ou inseguranças (“What I Wanted”). A sonoridade suja e contagiante de Bognanno respinga influências de Hole, PJ Harvey e The Breeders com seu grunge colegial dos anos 90.

Cut CopyFreeze, Melt
(Cutters Records)

Os australianos do Cut Copy retornam com seu synthpop ensolarado mergulhado em letras tristonhas sobre relacionamentos incertos (“Cold Water”) e na corda bamba (“Like Breaking Glass”). São composições encaixadas em sintetizadores meditativos, batidas eletrônicas poderosas e o vocal gracioso de Dan Whitford (“Love Is All We Share”) que se distanciam do indie de guitarras e navegam por texturas instrumentais (“In Transit”).

The Lemon TwigsSongs For The General Public
(4AD)

Os irmãos multi-instrumentistas D’Addario, responsáveis pelo projeto The Lemon Twigs, combinam sensibilidade moderna com uma sonoridade teatral (à la ‘Rocky Horror’) inspirada nos anos 1960 e 1970. Songs For The General Public é repleto de guitarras delicadas (“The One”), riffs em sintetizadores, teclados psicodélicos e um charme inconfundível (“No One Holds You (Closer Than The One You Haven’t Met)”) do século passado.

ErasureThe Neon
(Mute)

O duo Erasure, Andy Bell com sua voz expressiva e Vince Clarke nos sintetizadores analógicos calibrados (“Nerves of Steel”), abandona o tom pessimista do álbum World Be Gone (2017) por sua familiar sensação de alegria efervescente (“Hey Now (Think I Got A Feeling)”). Entrega uma jornada musical em hinos emotivos (“Tower of Love”) e de orgulho (“Fallen Angel”) que se conectam com o passado e o futuro do grupo. É fenomenal saber que eles vêm produzindo sua nova onda de alta energia há trinta e cinco anos.

Rey PilaVelox Veritas
(LAB 344)

Em Velox Veritas, os mexicanos do Rey Pila são dominados pela expertise do produtor Dave Sitek (TV on the Radio) que implementa doses de trap, dancehall (“Drooling”) e recicla o som synthpop sombrio e dance rock (“Casting a Shadow”) do quarteto. A essência do grupo continua evidente nos sintetizadores grandiosos, nas guitarras urgentes (“Josephine”), no vocal acentuado de Diego Solórzano e nas melodias atraentes (“Let It Burn”).

No JoyMotherhood
(Joyful Noise Recordings)

Para o primeiro álbum completo do No Joy em cinco anos, a vocalista e compositora Jasamine White-Gluz expande a sonoridade shoegaze do projeto ao adotar estilos do nu-metal, new age, rave e trip hop num som único e fascinante. Motherhood é definido pela extensa paleta sonora – do dance alternativo (“Ageless”) ao metal (“Dream Rats”) – cercado de vocais angelicais com o máximo de distorção de guitarra e cacofonia crescente.