Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: St. Vincent, Jorja Smith, The Black Keys, TEKE::TEKE, Carsie Blanton, Morcheeba, MORENA, COBRAH e LSDXOXO.
• St. Vincent – Daddy’s Home
(Loma Vista)
Daddy’s Home é um álbum com uma chama de nostalgia, glamour e reinvenção, tanto musical quanto visualmente, no catálogo de Annie Clark (a.k.a. St. Vincent). É repleto de referências à cultura pop, sejam literais (“Melting of the Sun” e suas alusões à dor de mulheres famosas) ou musicais. Inspirado pelo soft rock, funk, soul e psicodelia dos anos 70 – de Bowie (“Pay Your Way In Pain”) passando por Sly and The Family Stone à Pink Floyd -, o trabalho traz uma das narrativas pessoais mais substancias que a artista ofereceu em anos, sendo moderadamente inspirada pela libertação de seu pai da prisão após 10 anos – o quão pessoal ou não o registro é, só se pode especular.
• Jorja Smith – Be Right Back
(FAMM)
A artista neo soul Jorja Smith retorna com um novo projeto de 8 faixas, Be Right Back, e é o primeiro desde seu álbum de estreia, Lost and Found. A voz de Smith é a verdadeira luminosidade do álbum. Seja no trip hop contemplativo “Addicted” ou no R&B sentimentalista “Gone”, ela experimenta gêneros e estilos no registro como no dancehall moroso “Bussdown” com a rapper Shaybo. Be Right Back é um projeto relativamente curto, mas que serve como um prelúdio para o expectável segundo disco.
• The Black Keys – Delta Kream
(Nonesuch Records)
O The Black Keys lança o décimo disco de estúdio, Delta Kream, uma celebração às raízes da dupla, apresentando onze versões de blues country do Mississippi que eles amam desde a adolescência, antes de serem uma banda. Através de jams impulsivos e autênticos, Dan Auerbach e Patrick Carney proporcionam uma viagem consagrada de volta no tempo em canções de R. L. Burnside (“Going Down South”), John Lee Hooker (“Crawling Kingsnake”), Junior Kimbrough, entre outros.
• TEKE::TEKE – Shirushi
(Before Sunsire Records)
Em seu álbum de estreia, o septeto de Montreal TEKE::TEKE combina baladas japonesas das décadas de 1960 e 1970, surf rock, spaghetti western, jazz, shoegaze e punk moderno para produzir um conjunto de canções excêntricas. Shirushi explora temas de identidade (“Barbara”), espiritualidade (“Yoru Ni”), romances (“Dobugawa”), renascimento e auto exploração (“Meiku”) nas histórias sobrenaturais de suas letras e na poesia visual da língua japonesa. Uma trilha que caberia perfeitamente para uma fábula aniquiladora de Tarantino.
• Carsie Blanton – Love & Rage
(Carsie Blanton)
Carsie Blanton explora temas como justiça, protesto e apocalipse em Love & Rage. É um álbum de protesto fascinante com um senso de humor lúdico (“Party at the End of the World”) e um forte ponto de vista político. As letras são entregues pelos vocais suaves de Blanton e, ocasionalmente, pontuadas com trompas, bateria de jazz e guitarras de rock, criando uma mistura fantástica e irreverente em hinos antifascistas (“Shit List”) que convocam ações coletivas (“Down in the Streets”).
• Morcheeba – Blackest Blue
(Sky & Ross Ltd)
Blackest Blue, o décimo disco de estúdio dos britânicos do Morcheeba, é uma declaração da força constante e uma homenagem às matrizes clássicas de downtempo, eletropop, funk, trip hop e soul dos primeiros álbuns do grupo. As canções, conduzidas pelo timbre gracioso de Sky Edwards e melodias dramáticas reverberadas de Ross Godfrey, são focadas principalmente na positividade, angústias (“Killed Our Love”) e superação (“The Moon”) das adversidades individuais que estão dentro de nós.
• MORENA – SAD BOY HOURS
(Opus Records)
Em seu EP de estreia, a jovem cantora e compositora autodidata francesa MORENA concede uma série de peças saturadas de emoções, escritas sobre as suas próprias histórias, acobertadas por uma atmosférica elétrica melancólica sombreada por melodias inspiradas na música indie, pop e R&B. São temas como relacionamentos tóxicos (“Bad Love”), objetivos de vida e desgostos (“Headache”) que deslindam a sensibilidade e ferocidade da garota.
• COBRAH – COBRAH
(COBRAH)
A artista, cantora e produtora COBRAH, uma “rainha lésbica da cena queer e fetichistas de Estocolmo” como se define, estabelece-se com sua eletrônica cyber BDSM no EP autointitulado, o sucessor de ICON. Com sua sonoridade hipnótica e sombrosa, reflete o universo cyberpunk e a era da tecnologia (“DIP N DRIP”), expõe experiências com garotas heterossexuais (“DEBUT”) e celebra sua identidade queer (“GOOD PUSS”) em hinos de empoderamento.
• LSDXOXO – Dedicated 2 Disrespect
(XL Recordings)
Dedicated 2 Disrespect é o mais recente EP para clubes do DJ e produtor LSDXOXO, uma continuação da mixtape Waiting 2 Exhale. Baseando-se em rave, house e techno, o compacto com quatro faixas de pura fritação explora as interseções de gênero, extravagância (“Sick Bitch”) e sexualidade (“The Devil”) de maneira enlouquecedora.
