Alice Merton vinga-se de uma relação abusiva no videoclipe do single “Hero”

Depois de voltar com o single “Vertigo” em abril, a cantora e compositora Alice Merton inicia um novo capítulo com o lançamento de “Hero” e que vem acompanhada do b-side “Island”.

“Decidi lançar duas músicas, em parte porque vejo “Island” como a prequela de “Hero”. Eu fico pensando se “esperança” fosse um espectro, “Island” e “Hero” estariam em extremos opostos. “Island” mostra uma necessidade desesperada de sobrevivência, enquanto “Hero” enfrenta um destino realista e ligeiramente pessimista, agitando a bandeira branca e admitindo sua derrota” conta a artista.

A faixa, coproduzida com Jonny Coffer (Beyoncé, Weezer), desenrola-se em um pop moderno e rock alternativo em que a artista inicia com a frase “às vezes eu gostaria de ser / o herói na sua história / eu te salvaria de você mesmo” para discorrer sentimentos conflitantes em uma relação.

“Tudo o que senti no ano passado se resumiu nas duas primeiras frases da música. É sobre o conflito de querer tanto algo, mas perceber que você simplesmente não tem mais força para lutar por isso. Fala sobre a discrepância de querer ser tudo para alguém e, ao mesmo tempo, desejar que eles não significassem nada para você”.

O videoclipe continua a parceria criativa da artista com Anuk Rohde, depois que eles se destacaram com a estética pós-apocalíptica de “Vertigo”, em que Merton encontra-se presa numa relação abusiva e que termina de maneira trágica.

“Islands”, cheia de remorso e determinação de fazer as coisas funcionarem, reside no outro extremo do espectro de sua contraparte. “Ficar sozinha no limite das reparações / estou segurando seu coração na palma das minhas mãos”, ela canta com determinação durante o refrão.

“É sobre tentar salvar algo que você segurou tão perto, mas ao mesmo tempo você está vendo isso ir embora e não há nada que você possa fazer” revela a artista.