Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Silk Sonic, Courtney Barnett, Damon Albarn, IDLES, Dave Gahan & Soulsavers, Sega Bodega, Flight Facilities e Céu.
• Silk Sonic – An Evening with Silk Sonic
(Aftermath Entertainment / Atlantic Records)
O Silk Sonic, projeto dos músicos Bruno Mars e Anderson .Paak, vem com uma encantadora carta de amor ao funky soul dos anos 1970 no disco de estreia An Evening with Silk Sonic. Além de baladas sedutoras (“Leave the Door Open”, “Smokin Out the Window”), a dupla varia o tom para números contagiantes impulsionados pelo groove objetivo de .Paak (“Fly As Me”, “777”) com um pé no passado e outro no presente da música. O trabalho conta com contribuições especiais do “anfitrião convidado especial” Bootsy Collins, Thundercat, o baterista Homer Steinweiss (do Dap-Kings), Kenny “Babyface” Edmonds, entre outros.
• Courtney Barnett – Things Take Time, Take Time
(Mom + Pop Music / Marathon Artists)
Things Take Time, Take Time devaneia – como uma sessão de terapia – em temas sobre vida (“Here’s the Thing”), conflitos amorosos (“If I Don’t Hear From You Tonight”) e até a vida durante a pandemia (“Rae Street”, “Write A List Of Things To Look Forward To”). Combinando humor, melancolia e esperança, as letras minuciosas de Barnett encontram paz no caos. Gravado com a produtora/baterista Stella Mozgawa (Warpaint, Cate Le Bon, Kurt Vile), o registro leva o rock lo-fi da artista para conhecer novos territórios, com um som mais relaxado e uma bateria eletrônica assumindo o protagonismo instrumental no registro, afim de ajustar um novo capítulo para cativar uma nova safra de fãs e satisfazer os já habituados com a sua obra.
• Damon Albarn – The Nearer The Fountain, More Pure The Stream Flows
(Transgressive Records)
The Nearer the Fountain, More Pure the Stream Flows foi originalmente concebido como uma peça orquestrada inspirada nas paisagens islandesas (“Royal Morning Blue”, “Particles”) e, por conta própria, Albarn transformou-o em canções meditativas. As faixas exploram temas de fragilidade, perda (“The Nearer the Fountain, More Pure the Stream Flows”), emergência e renascimento (“Polaris”) numa odisseia eletro jazz rock taciturna e atraente que soa inspirada em universos do Sigur Rós, David Bowie e Burt Bachrach como trilha sonora universal. O resultado é uma coleção panorâmica e formal com Damon tomando o lugar de um contador de histórias ao encontrar uma espiritualidade ausente e seu lugar no mundo.
• IDLES – CRAWLER
(Partisan Records)
Em CRAWLER, o IDLES traz histórias vivas de trauma (“Car Crash”), vício e recuperação com sua música mais emocionante e ambiciosa até hoje. Existem diversos momentos que inspiram o caos absoluto como o glam rock distorcido de “The Wheel”, o grindcore de “Wizz” e o groove de “The New Sensation”. Mas também há novas texturas (“The Beachland Ballroom”) que levam o grupo para outros terrenos, como o universo alternativo de “Progress”, um mantra que acalma o corpo e a mente de uma forma que poucas músicas da banda fizeram antes.
• Dave Gahan & Soulsavers – Imposter
(Columbia)
Em Imposter, Dave Gahan (o líder do Depeche Mode) entrega aos ouvintes um olhar pessoal de 12 canções reimaginadas meticulosamente de vários gêneros e períodos de tempo, incluindo seleções de Neil Young, Bob Dylan, PJ Harvey, Charlie Chaplin, entre outros. Seria negligente se referir como um disco de covers. Em vez disso, Imposter é uma história de canções, que Gahan e Rich Machin (a.k.a Soulsavers) ouviram, estudaram, absorveram e deram nova faceta. Todas têm um significado profundo para ambos, fazendo do trabalho um reflexo da vida de Dave – em histórias contadas por outros, mas em sua própria voz distinta e na instrumentação focada no blues de Machin.
• Sega Bodega – Romeo
(NUXXE)
O músico e produtor de pop experimental Salvador Navarrete (a.k.a Sega Bodega), conhecido por parcerias com Shygirl e Dorian Electra, lança o segundo disco de estúdio com participações especiais de Arca (“Cicada”) e Charlotte Gainsbourg (“Naturopathe”). Romeo é uma jornada oscilante pela mente musical diligente (“Effeminacy”, “Luci”) e afetiva (“I Need Nothing From You”) do artista com uma sensação de intimidade na produção de breakbeat e vocais brilhantes. As músicas soam como se estivessem protegidas por uma aura pop glitch de outro mundo como a própria arte do disco exibe.
• Flight Facilities – FOREVER
(Future Classic)
Após sete anos do disco de estreia, Down To Earth, o Flight Facilities volta com FOREVER. Com influências de The Chemical Brothers, Mylo e Underworld, o duo australiano de música eletrônica compartilha um disco festivo, em sua totalidade, com variados gêneros dos anos 90 e 00 na companhia de nomes como Channel Tres (“Lights Up”), BROODS (“Forever”, “What I Want”) , Your Smith (“Heavy”, “Stay”), DRAMA (“Move”), entre outros.
• Céu – Um Gosto de Sol
(Urban Jungle / Warner Music)
A cantora paulistana Céu lança o primeiro projeto apenas como intérprete descontruindo e remodelando uma série de canções nacionais e internacionais que a acompanharam ao longo dos anos. Há músicas de Rita Lee e Roberto de Carvalho (“Chega Mais”), Ismael Silva (“Ao Romper da Aurora”), João Gilberto (“Bim Bom”), Alcione (“Pode Esperar”), a dupla Antonio Carlos e Jocafi (“Teimosa”), Sade (“Paradise”), Fiona Apple (“Criminal”) e Revelação (“Deixa Acontecer” em que a artista vem acompanhada de Emicida).