6 discos para ouvir hoje: Years & Years, Yard Act, Aurora, Jana Horn e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Years & Years, Yard Act, Miles Kane, AURORA, Jana Horn e Christina Aguilera.

Years & YearsNight Call
(Polydor Records)

Years & Years inicia um novo capítulo em sua história com Night Call, o primeiro disco como projeto solo de Olly Alexander – sem Mikey Goldsworthy e Emre Turkmen. É calcado por estereótipos do pop e figuras pioneiras – como ABBA (“Sweet Talker” com o duo Galantis), Sylvester (“Crave”) e Penguin Cafe Orchestra (com o sample de “Telephone & Rubber Band” na faixa-título) – quanto no french house (“Consequences”), disco, R&B (“20 Minutes”) e ritmos tropicais (“Immaculate”). O álbum manifesta uma energia eufórica e espirituosa para aqueles que procuram o amor (“Sooner or Later”), mas, em última análise, encontram o poder em si mesmos e nas conexões humanas (“Starstruck”).

Yard ActThe Overload
(Island Records)

O disco de estreia do promissor quarteto britânico Yard Act é uma reformulação dos dias de glória do post-punk (“Tall Poppies”) com instrumentações cruas, melodias intrigantes e o vocal sarcástico de James Smith. Crescendo no hip hop da MTV, new wave dos anos 70 e indie britânico perspicaz (“Witness”), os garotos da banda se beneficiam dessa rica colcha de retalhos da história da musica. Um registro que analisa o capitalismo (“Rich”), imperialismo inglês (“Land Of The Blind”), notícias falsas (“Dead Horse”) e a vida ordinária para tentar sobreviver, da mesma forma que todas as grandes observações da natureza humana são: confusas, complexas e hipócritas de nosso estado como mundo (“Pour Another”).

Miles KaneChange the Show
(BMG)

Após uma sessão despretensiosa de estúdio com o duo de rock psicodélico Sunglasses For Jaws, o quarto álbum solo de Miles Kane, Change the Show, realmente começou a tomar forma. Abrindo com o canto suave e honesto com uma canção de amor, a harmônica e teatral “Tears Are Falling”, o registro é uma aventura alegre e nostálgica surpreendente do início ao fim com elementos de rock clássico (“Don’t Let It Get You Down”, “Never Get Tired of Dancing”), pop soul (“Nothing’s Ever Gonna Be Good” com Corinne Bailey Rae) e R&B para Kane refletir as grandes mudanças na vida e buscar respostas.

AURORAThe Gods We Can Touch
(Decca Records)

The Gods We Can Touch é um álbum elegante e celestial, mas provocativo, sobre vergonha, desejo e moralidade, tudo visto através do prisma narrativo da mitologia grega. Em cada uma das músicas encontramos um deus diferente e uma nova direção artística para AURORA. São momentos íntimos com melodias acústicas e baladas sentimentais (“Everything Matters”, parceria com Pomme) e outros arrebatadores em sintetizadores e drum machines (“Giving In To The Love”, “The Innocent”), balanceados com proeza para expandir temas como amor (“You Keep Me Crawling”), religião (“Heathens”) e liberdade sexual (“Cure For Me”, inspirado na luta da comunidade LGBTQIA+) como algo espiritual no vocal melodioso e intrigante da artista.

Jana HornOptimism
(No Quarter Records)

Na disco de estreia Optimism – que foi auto lançado em 2020 em uma pequena tiragem de vinil e relançado pelo selo No Quarter -, a texana Jana Horn canta em um tom sussurrado confiante uma coleção de contos existenciais. Embalado por seu lo-fi rock folk minimalista e sofisticado de violões, trompetes lentos, piano elétrico esperançoso e percussão esparsa, as canções revelam-se como fantasmas perdidos. Com uma inspiração em trabalhos de Leonard Cohen, há uma falsa calmaria em cada uma das melancólicas reflexões (Optimism) de amores perdidos, mudança de relacionamento (“Man Meandering”) e família ao transportar poesia, filosofia, misticismo e espiritualidade em sua narrativa (“Jordan”).

Christina AguileraLa Fuerza
(Sony Music)

Christina Aguilera compartilha a primeira parte (de três) do próximo álbum em espanhol intitulado La Fuerza. O compacto de seis faixas, que inclui “Pa Mis Muchachas” (com Becky G, Nathy Peluso e Nicki Nicole), a balada “Somos Nada” e o reggaeton “Santo” (com Ozuna), marca oficialmente o primeiro trabalho em espanhol da artista em mais de 20 anos desde o Mi Reflexo. É uma homenagem – pessoalmente e profissionalmente – às raízes equatorianas de Aguilera com um projeto cercado de paixão na diversidade de sons latinos e vocais incomparáveis.