Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Snõõper, Disclosure, Mahalia, Blake Mills, Claud, Lindstrøm e Alaska Reid.
• Snõõper – Super Snõõper
(Third Man Records)
Snõõper é uma banda de punk rock acelerado e enérgico, altamente sincronizada e imersiva, formada em Nashville durante o início da pandemia pelo músico Connor Cummins e pela artista visual e videomaker Blair Tramel – e desde então se expandiu para incluir o baterista Cam Sarrett, o baixista Happy Haugen e o guitarrista Ian Teeple. Em seu disco de estreia, Super Snõõper, apresentam uma sequência de faixas curtas e intensas, com menos de dois minutos, sendo algumas ainda mais curtas, como é o caso “Powerball”. Super Snõõper é repleto de vigor e cacofonia, com músicas como “Stretching”, que abre o disco de forma imediata, o punk agressivo de “Fitness”, o dance punk de “Running” e o garage de “Music For Spies”. Com uma duração de 23 minutos, o álbum oferece uma experiência musical incessante em um estilo caótico, com vocais animados e letras irreverentes. É uma imersão total no mundo frenético e movimentado do Snõõper.
• Disclosure – Alchemy
(Apollo/AWAL)
O Disclosure surpreende ao lançar o seu quarto álbum de estúdio, intitulado Alchemy, apenas dois dias após o anúncio. Esse é o primeiro trabalho completo do duo desde ENERGY de 2020. Ao contrário do registro anterior, que contava com diversos vocalistas convidados, Alchemy não possui participações especiais e nem samples. Durante o processo de criação do álbum, os irmãos Lawrence colaboraram com diferentes compositores, resultando em seu trabalho mais pessoal até o momento. Segundo Guy Lawrence, a maioria das músicas anteriores do Disclosure era escrita em terceira pessoa, mas em Alchemy eles decidiram abordar experiências pessoais e transformar a dor em beleza. O trabalho apresenta uma abundância de vocais de Howard Lawrence, do Disclosure, e uma produção que transita entre batidas de jungle, riffs de sintetizador trance e elementos atmosféricos (“Purify”), além das características músicas dançantes voltadas para os clubes que são a marca registrada da dupla (“Go The Distance”).
• Mahalia – IRL
(Warner)
Mahalia lança o segundo disco de estúdio, intitulado IRL, que é inspirado por um período de isolamento durante a pandemia, um doloroso rompimento e três anos de sessões de terapia. Com o título apropriado de IRL, uma abreviação de In Real Life, a artista está focada em explorar a vulnerabilidade, a autorreflexão e o desejo de conexão, especialmente no contexto do amor. O álbum apresenta uma sonoridade que transita entre o R&B, o pop e a ousadia do hip hop, envolvido pela voz doce da artista. Em “Terms and Conditions”, revela suas exigências para futuros parceiros românticos, deixando claro que não tolera mentiras. Em “Ready”, afirma que está ouvindo apenas sua própria voz e enfrentando os desafios para lidar com a carreira e a saúde mental. Enquanto em “Cheat”, com JoJo, ela se despede furiosamente de um parceiro infiel para refletir as próprias características pessoais em “Isn’t it Strange”. Em IRL, Mahalia explora o tema da independência e se concentra em descobrir sua identidade como mulher, em uma espécie de carta de amor para si mesma.
• Blake Mills – Jelly Road
(Deal/Verve)
O produtor, compositor, guitarrista e cantor Blake Mills, reconhecido por seu trabalho na trilha sonora inspirada por Fleetwood Mac de Daisy Jones & the Six (Aurora) e por colaborar com artistas como Bob Dylan, Feist e Fiona Apple, retorna com Jelly Road, seu primeiro disco solo desde Mutable Set (2020). Nesse trabalho, ele se une ao talentoso compositor Chris Weisman, um músico de jazz e artista conceitual que já lançou mais de 35 álbuns em apenas 10 anos. Juntos, eles criam uma coleção de doze faixas que exploram diversos gêneros musicais, como folk, pop, rock, blues e americana, com influências ocasionais da música indiana e africana. As melodias envolventes e delicadas, combinadas com guitarras cativantes, sintetizadores fluidos e uma percussão rica, revelam a complexidade e a singularidade de cada uma das músicas de forma engenhosa.
• Claud – Supermodels
(Saddest Factory)
Supermodels é um registro confiante e íntimo do fluxo da vida e do amor durante o início dos 20 anos. Cada uma das músicas deste álbum é uma entrada de diário articulada, explorando temas como autodúvida, comprometimento e as complexidades emocionais e logísticas enfrentadas nessa fase da vida. Esses são temas familiares para Claud, abrangendo parte do mesmo território da estreia, Super Monster, de 2021. Mas há uma confiança recém-descoberta nas ideias aqui, expressas em estruturas e ganchos que não hesitam ao transitar com habilidade entre o indie rock (“Every Fucking Time”, “Dirt”), folk melancólico e pop animado (“A Good Thing”), com experimentos no piano (“Screwdriver”). Produzido com esmero e contando com uma equipe de colaboradores talentosos, o álbum revela fragmentos de desespero, redenção e perspicácia, lembrando-nos que não estamos sozinhos em nossas tristezas e que podemos seguir em frente. Supermodels é um testemunho sincero e inspirador de uma jornada emocional.
• Lindstrøm – Everyone Else is a Stranger
(Smalltown Supersound)
O produtor norueguês Hans-Peter Lindstrøm retorna com seu sexto álbum como Lindstrøm, intitulado Everyone Else is a Stranger, marcando sua primeira incursão solo desde On a Clear Day I Can See You Forever de 2019. O título do álbum foi inspirado no título original do filme ‘Amantes’, de John Cassavetes, lançado em 1984, e apresenta quatro faixas com a sonoridade épica e espacial característica do artista direcionadas às pistas de dança (“The Rind”). Enquanto seu trabalho anterior tinha uma atmosfera mais lenta e suave, neste álbum, Lindstrøm adota uma abordagem mais orientada para o ritmo, com batidas pulsantes e energéticas, melodias cativantes e envolventes (“Syreen”). O álbum é enriquecido por sequências inspiradoras de sintetizadores, suaves melodias de guitarra, brilhantes melodias de piano, violoncelos e violinos. Em muitos aspectos, veryone Else is a Stranger resume a carreira do artista e reúne seus diferentes caminhos musicais em um som único e atraente.
• Alaska Reid – Disenchanter
(Luminelle Recordings)
Disenchanter, o primeiro álbum completo de Alaska Reid, é uma mescla de histórias autobiográficas sobre relacionamentos amorosos (“Back To This”), experiências da juventude, amizades e família (“French Fries”, “Palomino”), bem como reflexões sobre os altos e baixos da vida. O álbum transita entre os gêneros indie rock, pop e música country, e destaca-se pela guitarra potente de Reid (“Airship”). No processo de criação do disco, ela colaborou com A. G. Cook, conhecido por seu trabalho com artistas como Charli XCX e Caroline Polachek. A combinação dos sintetizadores brilhantes e dos diversos pedais do fundador da PC music permitiu que a artista explorasse suas inclinações pop, enquanto gravava cada faixa ao vivo em sua própria casa.