Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Genesis Owusu, Margaret Glaspy, Shamir, Birdy, Dizzy e Jon Batiste.
• Genesis Owusu – STRUGGLER
(OURNESS)
Após o sucesso de seu álbum de estreia aclamado pela crítica, Smiling with No Teeth, o cantor e rapper Genesis Owusu, de origem ganês-australiana, apresenta STRUGGLER. O álbum é inspirado na experiência de um amigo próximo que enfrentou adversidades e emergiu transformado, além da natureza caótica e absurda da vida. Influenciado por obras literárias como “O Mito de Sísifo” de Albert Camus, “A Metamorfose” de Franz Kafka e “Esperando Godot” de Samuel Beckett, o disco explora temas de lutas mentais, opressão e a força da vontade humana. STRUGGLER abrange uma variedade de gêneros musicais, incluindo synthpop (“Leaving the Light”), post-punk (“Balthazar”), rap rock (“Stay Blessed”), garage rock, funk (“Tied Up!”), disco, pop psicodélico (“That’s Life (A Swamp)”), R&B (“See Ya There” – um número sensual sobre ir para o inferno -, “Stuck To The Fan”), dub reggae (“What Comes Will Come”) e mais. A produção envolve diversos produtores com experiência em diferentes gêneros musicais, como Jason Evigan (Troye Sivan, Dua Lipa), Mikey Freedom Hart (Jon Batiste, Empress Of), Sol Was (Beyoncé), além dos produtores originais Andrew Klippel e Dave Hammer. STRUGGLER é um convite profundo para uma jornada introspectiva, uma celebração da força humana diante dos desafios da vida, além de uma exploração das próprias fontes de ansiedade e do terror existencial, mesmo diante do inevitável fim.
• Margaret Glaspy – Echo The Diamond
(ATO Records)
Echo The Diamond, o terceiro álbum completo da cantora e compositora Margaret Glaspy, surge de uma remoção intencional de artifícios para revelar a vida em toda a sua verdade intensa e beleza indescritível. O resultado é o seu melhor trabalho até agora, um registro de baladas apaixonadas (“Act Natural”), conexões (“Irish Goodbye”), momentos sombrios das relações em geral (“Female Brain” é uma resposta à indústria dominada por homens), a deficuldade de superar a perda de um amor (“Memories”) e um profundo senso de auto-realização (“Get Back”), tudo isso envolto na voz crua da artista e em um indie rock afetuoso com influências do grunge. O resultado é um trabalho de luminosidade surpreendente, assim como o diamante do título, capaz de se infiltrar nas fachadas mais elaboradas com letras honestas e melodias marcantes. Produzido por Glaspy, com coprodução de seu parceiro, o guitarrista e compositor Julian Lage, o registro expande a vitalidade frenética e a confiança de seu aclamado trabalho de estreia, Emotions And Math.
• Shamir – Homo Anxietatem
(Kill Rock Stars)
Para seu nono álbum em oito anos e sua estreia pela lendária gravadora Kill Rock Stars, o músico versátil Shamir explora mais uma tonalidade da arte pop. Depois de uma série de álbuns elogiados com influências de rock pesado e industrial, o artista transforma suas melodias inesquecíveis em um alt-pop contido e saliente, explorando temas como amor queer, perda, desejo e raiva. Em Homo Anxietatem, tradução em latim para “homem ansioso”, transmuta sua ansiedade e oferece cativantes canções de amor – de momentos efêmeros (“Oversized Sweater”), agradáveis (“Our Song”) e tempestuosos (“The Beginning”) – com versos confiantes (“Words”). Suas melodias sombrias (“Crime”), ruidosas (“Appetizer”) e delicadas (“Calloused”) estão envoltas em uma rica nostalgia pop rock auxiliada por percussão contagiante, guitarras espectrais e pela beleza emocionante e distinta dos vocais de Shamir. A variedade sonora do trabalho e as letras melancólicas revelam a versatilidade e o talento do artista ao explorar a realidade de atravessar a vida em direção a um futuro desconhecido.
• Birdy – Portraits
(Warner Music)
A cantora e compositora inglesa Jasmine van den Bogaerde (a.k.a. Birdy) retorna com seu quinto álbum de estúdio, Portraits – um novo capítulo e uma mudança confiante de direção para uma artista que conquistou um incrível sucesso desde o lançamento de seu álbum de estreia. Em um álbum mais autoconfiante do que nunca, Birdy explora novas direções em sua composição, combinando elementos contemporâneos do pop com a nostalgia dos sintetizadores dos anos 80 e letras emotivas sobre desilusões amorosas, enquanto também traz influências na bagagem como Kate Bush, Echo and the Bunnymen e David Bowie. Desde o synthpop poderoso de “Paradise Calling” até os momentos melancólicos como “Raincatchers”, e sem deixar de lado suas marcantes baladas de piano como “Your Arms”, Portraits representa uma artista criativa adentrando um novo território, descobrindo sua verdadeira voz e essência criativa.
• Dizzy – Dizzy
(Communion Group Ltd)
Após uma breve pausa musical, a banda canadense de alt pop Dizzy retorna com seu terceiro álbum autointitulado. O álbum explora as complexidades da vida, abordando temas como lamentos amorosos (“Birthmark”, “Cell Division”), amizades (“Close”), reflexões sombrias sobre a dor da infância (“Barking Dog”), culpa (“Are You Sick Of Me Yet”) e críticas à indústria da música (“Open Up Wide”), tudo isso na voz delicada de Katie Munshaw, acompanhada de melodias envolventes e sutis batidas eletrônicas. Em contraste, “Knock The Wind” rtraz uma sonoridade folk serena, com linhas de violão acústico e reflexões delicadas que se mantêm em “My Girl”, antes de seguir sua ambiência. Neste terceiro projeto, Munshaw se entrega mais do que nunca, mas esconde seu rosto com uma máscara pálida para os aspectos visuais deste lançamento, removendo sua aparência da equação pública. O álbum funciona como um diário, apresentando uma representação confrontadora de alguém em meio a uma jornada com a promessa de dias melhores à vista.
• Jon Batiste – World Music Radio
(A Verve Records / Interscope Records)
O cantor, compositor e multi-instrumentista Jon Batiste, uum artista com formação em jazz e profundo conhecimento da história musical, retorna após dois anos de seu álbum premiado com cinco Grammys, We Are, premiado com cinco Grammy, incluindo álbum do Ano. Agora, ele apresenta World Music Radio, uma abordagem pop ousada e moderna que ele descreve como um “disco conceitual de música popular expansiva e sem gênero”. O álbum é concebido como uma transmissão de rádio atemporal de um DJ intergaláctico, levando o ouvinte de uma festa de hip hop, funk, pop e dance para soul, música latina, folk e gospel, com influências musicais de todo o mundo. É como uma jornada da euforia de uma rave para a solenidade de uma igreja. O álbum multilíngue reflete a evolução artística de Batiste ao explorar novas direções musicais e inclui colaborações com diversos artistas, como o rapper Lil Wayne, o grupo feminino de K-pop NewJeans, o cantor colombiano Camilo, o saxofonista Kenny G, Leigh-Anne, Lana Del Rey e mais.