Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Woodkid, Annie, Matt Berninger, beabadoobee, Dorian Electra, Omar Apollo, Tagua Tagua, Shingai e Frimes.
• Woodkid – S16
(Universal Music)
Após sete anos do disco de estreia (The Golden Age), Woodkid retorna com o aguardado segundo registro de estúdio. Munido de instrumentações épicas e amedrontadoras (“Pale Yellow”) apinhadas por elementos eletrônicos futuristas e sons industriais cavernosos (“Goliath”), o artista constrói uma narrativa sentimental no meio do caos.
O nome do projeto é uma alusão ao símbolo químico e ao número atômico do enxofre na física, S16 questiona a própria matéria. Do que nossas células e corações são feitos? Onde está a fronteira entre realidade e ficção? O enxofre é, de fato, um elemento essencial para os seres vivos, mas sujeito a explodir em chamas. Como o sofrimento ardente alimentado pela música, que então pode apaziguar, como ser envolvida num abraço (“Horizons Into Battlegrounds”).
• Annie – Dark Hearts
(Annie Melody)
A artista norueguesa Annie, proprietária de um dos melhores discos pop do início dos anos 2000 (Anniemal), volta com o primeiro álbum de inéditas após onze anos. Em sua nova era, ela praticamente assume um relacionamento fiel com produções synthpop cinematográficas com uma brisa oitentista e soturna (“American Cars”) motivada por letras apaixonadas (“Corridors of Time”), nostálgicas (“The Streets Where I Belong”) e apreensivas (“The Bomb”).
• Matt Berninger – Serpentine Prison
(Concord Records)
Serpentine Prison é disco de estreia solo de Matt Berninger, o líder do The National, em parceria com o lendário produtor Booker T. Jones. Com seu vocal caloroso e profundo, ele compartilha histórias entusiastas, românticas (“One More Second”), vulneráveis e otimistas (“Distant Axis”) de maneira comovente e poética (“Serpentine Prison”). O projeto é como um acesso privado ao diário de Berninger, onde você pode encontrar seus pensamentos e confidências mais intrínsecas.
• beabadoobee – Fake It Flowers
(Dirty Hit)
Nascida nas Filipinas e criada em Londres, Beatrice Kristi Laus começou a gravar música como beabadoobee em 2017. Com apenas 20 anos, ela construiu sua enorme base de fãs dedicados da geração Z com sua produção impecável de canções pop grunge confessionais (“Worth”) e estética lo-fi (“How Was Your Day?”). Fake It Flowers é apoiado por uma música que tem uma pegada forte e um toque mais sensível no vocal da garota. É instantâneo, turbulento e, absolutamente, cativante (“Care”).
• Dorian Electra – My Agenda
(Dorian Electra)
My Agenda é um ópera pop alienada e incansável (“Iron Fist”) na busca de ingredientes sonoros extras que vão do hyperpop, dub (“Gentleman”), drum ‘n’ bass, techno, europop, metal e puro experimentalismo (“Edgelord”). Há momentos de paixão (“Sorry Bro (I Love You)”), militância LGBTQIA+ (“My Agenda”), teor BDSM (“Give Great Thanks”) e mais temas que permitem Electra dar voz para o seu mais diverso público. Destaque para as participações de Village People, Pussy Riot, Farris Badwan (do The Horrors) e Rebecca Black.
• Omar Apollo – Apolonio
(Warner)
Apolonio, título tirado do nome do meio do artista, é um passeio atraente pela versatilidade musical de Omar Apollo. As canções exploram territórios do R&B (“Stayback”), funk (“Want U Around”), música alternativa e pop que levam o artista a resgatar suas origens (“Dos Uno Nueve”), lastimar amores ou, simplesmente, deixar se entregar à sedução (“Hey Boy” com Kali Uchis).
• Tagua Tagua – Inteiro Metade
(Natura Musical)
O Tagua Tagua, do músico e produtor gaúcho Felipe Puperi, é uma aventura que evoca as sonoridades mais tradicionais da música popular brasileira e samba tradicional, com doses de indie moderno, soul (“Mesmo Lugar”), eletrônica etérea (“4AM”) e psicodelia (“Só Pra Ver”). Inteiro Metade é uma excursão pelas emoções do artista que nos faz habitar em suas experiências e nos leva ao seu universo sobre ressignificar sentimentos: euforia, tristeza, prazer, alegria, medo e solidão.
• Shingai – Too Bold
(Zimtron)
Shingai Shoniwa (ou simplesmente Shingai) provou da fama no estado mais puro em 2009 com a sua banda Noisettes e o álbum Wild Young Hearts. Após o EP Ancient Futures, a artista – britânica e filha de imigrantes zimbabuanos – compartilha o primeiro disco solo. As faixas exploram ritmos tradicionais da cultura do Zimbábue que se fundem com elementos eletrônicos e o vocal icônico da artista. É um trabalho dinâmico e eclético como a própria Shingai.
• FRIMES – F1
(Frimes)
A drag queen ludovicense FRIMES apresenta o EP de estreia com suas produções hyper glitch pop underground surreais e festivas. Com letras extremamente cômicas (“Fashion Pretty Expensive Iconic”) e bagaceiras ao extremo no quesito sexual (“Culito”), F1 garante sete minutos de pura animação e loucura ou o equivalente à uma noite inteira no ácido dentro de um clube para maiores.