7 discos para ouvir hoje: MARINA, Garbage, Slayyyter, Céu, Sleater-Kinney e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: MARINA, Garbage, Sleater-Kinney, Islands, Slayyyter, Céu e Yarol Poupaud.

MARINAAncient Dreams In A Modern Land
(Atlantic Records)

O quinto disco de estúdio de MARINA é um resgate dos seus melhores registros como Marina and the Diamonds em letras que equiponderam doçura, sarcasmo e amor próprio. Há questões urgentes, que se tornaram difíceis de serem ignoradas durante o período da pandemia, em que a artista assume papéis da mãe natureza (“Man’s World”, “New America”), a justiceira em questões políticas e sociais (“Purge the Poison”) e a perseguição de mulheres e grupos minoritários (“Man’s World”) – inclusive no meio indústria do entretenimento (“Venus Fly Trap”) – em melodias comprometidas com o pop dançante (Ancient Dreams In A Modern Land) e teatral. Tudo sem abandonar a veia melancólica (“Pandora’s Box”), as desilusões amorosas (“I Love You But I Love Me More”) e nostalgia (“Goodbye”) em baladas sublimes.

GarbageNo Gods No Masters
(Stunvolume / Infectious Music)

Em No Gods No Masters, o grupo alt-rock Garbage evoca um grito de guerra e raiva contra o sistema ao expor em sua sonoridade robusta o quão louco o mundo é e o caos surpreendente em que nos encontramos (“No Gods No Masters”, “The Men Who Rule The World”) com uma mistura de temas pessoais (“Wolves”, “The Creeps”). São canções agressivas, com uma sonoridade que evoca as energias do Depeche Mode e do Nine Inch Nails (“Godhead”), em que Shirley Manson e companhia concentram-se no impacto imediato de como as vidas das pessoas são afetadas por cada um dos temas do registro.

Sleater-KinneyPath Of Wellness
(Mom + Pop)

O Sleater-Kinney lança Path Of Wellness, o primeiro álbum sem a baterista Janet Weiss e produzido pelas integrantes Carrie Brownstein e Corin Tucker ao longo de 25 anos de história. Marca um cenário de reinvenção e continuidade para a dupla em teclados em camadas (“Shadow Town”), batidas fartas, vocais enervantes e guitarras eminentes (“Favorite Neighbor”) em um retorno à forma com confiança e análise (“High In The Grass”) para que fãs antigos (“Method”) e novatos (“Worry With You”) possam admirar.

IslandsIslomania
(Royal Mountain Records)

Após um hiato de cinco anos, os canadenses do Islands retornam com o álbum mais dançante da carreira. A produção categórica de Chris Coady (Beach House, Yeah Yeah Yeahs) e Patrick Ford (Tanlines, !!!) expande o som da banda em canções indie pop groove energéticas, com muitos sintetizadores e guitarras alinhadas inspiradas nos anos 70, que abandonam o temas deprimentes dos registros anteriores ao embarcar num universo otimista e despretensiosamente festivo (“(We Like To) Do It With the Lights On”).

SlayyyterTroubled Paradise
(FADER Label)

A sensação Slayyyter está assumindo o controle de 2021 com o lançamento do disco de estreia Troubled Paradise, uma coleção eufórica de música pop. Apresentando singles como “Self Destruct”, “Throatzillaaa” e a faixa-título, a artista transforma amantes encabulados, tédio e vilões literais em músicas bombásticas influenciadas pelo Y2K. Seu retorno feroz sinaliza o início de uma nova era para a artista em uma coleção de ideias – do house (“Clouds”) ao pop punk (“Cowboys”) – sem medo de causar uma bagunça musical ao ouvinte.

CéuAcústico
(Urban Jungle Records / Warner Music)

A cantora e compositora paulista Céu revisita algumas canções clássicas do catálogo, na companhia do parceiro de longa data Lucas Martins, deixando-as nuas e simples com “arranjos crus e coração cheio” como a própria revela em comunicado.

Yarol PoupaudHot Like Dynamite
(Bonus Tracks Records)

Com Hot Like Dynamite, o roqueiro francês Yarol Poupaud, lendário guitarrista do Fédération française de fonck, entrega um manifesto fervoroso e livre de amor pela música. O disco é um combinado eclético e impetuoso mergulhado no rock (“Television”), funky (“Hot Like Dynamite”), soul (“Comme la pluie”) em letras sensuais e brilhantes construídas com a refrões extremamente contagiantes (“Woop Woop”).