9 discos para ouvir hoje: The Wallflowers, Tkay Maidza, Twin Shadow, Charlotte Day Wilson e mais

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: The Wallflowers, Half Waif, Charlotte Day Wilson, Inhaler, Mariah the Scientist, Tkay Maidza, Twin Shadow, Tom Odell e RALPH.

The WallflowersExit Wounds
(New West Records)

Exit Wounds, o sétimo registro de estúdio do The Wallflowers, é o primeiro álbum da banda em quase dez anos. Com produção de Butch Walker (Green Day, Weezer) e colaboração da talentosa Shelby Lynne em quatro canções, a banda de Jakob Dylan assegura uma força musical há mais de três décadas. São baladas à la Tom Petty (“Roots and Wings”), folk rock (“Maybe Your Heart’s Not In It No More”), americana e funk (“Move the River”) que amparam a banda em seu estado natural, embora que com mais histórias para contar.

Half WaifMythopoetics
(Anti-)

Nandi Rose (a.k.a. Half Waif) preparava um álbum solo de piano, mas ao juntar-se ao produtor Zubin Hensler em estúdio, os dois acabaram por seguir a direção radical do registro anterior (The Caretaker) ao conduzir sons acústicos a um mundo eletrônico cinematográfico e melancólico de sintetizadores hipnóticos, truques eletrônicos e arranjos futuristas. São baladas sombrias, percussivas (“Take Away the Ache”) e de momentos puramente pop experimental (Party’s Over”) para discorrer lembranças (“Orange Blossoms”), tristezas (“Fabric”), perdas (“Swimmer”) e ansiedades em torno da autoestima (“Sodium & Cigarettes”). Mythopoetics é um lembrete fundamental da capacidade de modificar nossas histórias para descobrir nosso lugar no mundo.

Charlotte Day WilsonALPHA
(Stone Woman Music)

A canadense Charlotte Day Wilson apresenta o álbum de estreia acompanhada de nomes como BADBADNOTGOOD (“I Can Only Whisper”), Syd (“Take Care of You”) e Daniel Caesar (“Danny’s Interlude”). O resultado é um registro neo soul requintado e totalmente honesto, ancorado nos vocais aveludados de Wilson – que lembra Jessie Ware, Sade e Jorja Smith – e letras implacáveis. Tendo o amor como foco, ALPHA explora temas como identidade (“Changes”), desilusões (“Wish It Was Easy”) e relacionamentos com um olhar de vulnerabilidade (“If I Could”) através das próprias experiências da artista.

InhalerIt Won’t Always Be Like This
(Universal Music)

A banda de rock Inhaler, encabeçada por Eli Hewson (filho de Bono), tem causado impacto na cena musical irlandesa e ganhando reconhecimento internacional. Ao longo das onze faixas de It Won’t Always Be Like This, o grupo apresenta exultantes e confiantes hinos indie e post-punk (“When It Breaks”), com acenos para nomes como Echo and the Bunnymen (“My Honest Face”) e The Strokes – tentando fugir da sombra do pai, – em sintetizadores afiados, guitarras distorcidas, percussão potente e no vocal efervescente de Hewson com uma leve influência de Brandon Flowers.

Mariah the ScientistRy Ry World
(RCA Records)

A norte-americana Mariah Buckles (a.k.a. Mariah the Scientist) apresenta o projeto Ry Ry World, o sucessor de Master, após compartilhar uma série de singles como “Aura”, “RIP” e “2 Steps”. A jovem nos leva a um universo R&B particular através de melodias cativantes, produção atmosférica e vocais poderosos envolvidos por uma força emocional. São músicas para desfiar relações amorosas, a falta de confiança e frustrações no campo do amor. Destaque para as colaborações dos rappers Young Thug (“Walked In”) e Lil Baby.

Tkay MaidzaLast Year Was Weird, Vol. 3
(4AD)

A cantora e rapper australiana Tkay Maidza apresenta o ato final da trillogia de EPs Last Year Was Weird. Mais uma vez, sem permanecer na zona de conforto, ela manifesta versatilidade ao transitar por gêneros do R&B (“Onto Me” com UMI), pop (“So Cold”), dark trap (“Syrup”), soul (“Cashmere”), bangers ferozes (“KIM” com Yung Baby Tate) e números de extrema sensibilidade (“Breathe”). A garota passa a ser um dos nomes a ter um dos discos de estreia mais promissores dos próximos tempos.

Twin ShadowTwin Shadow
(Cheree Cheree)

O quinto álbum de estúdio de Twin Shadow emana alegria em sua espontaneidade. O músico destila histórias reais e imaginárias (“Johnny & Jonnie”), memórias (“Get Closer”) e romances de verão (“Alemania”) pelas vertentes do pop groove tropical, soul, funk e punk ao enlaçar as heranças dominicanas na produção. É um trabalho atípico e diferente para o currículo de Lewis, mas após mais de 10 anos de carreira é um disco agradável e leve ao trazer um artista sem pressão em assumir sua liberdade criativa dentro do próprio selo musical Cheree Cheree

Tom Odellmonsters
(Columbia Records)

Após um período sombrio com ataques de pânico e ansiedade durante os últimos quatro anos, Tom Odell liberta-se para escrever sobre os medos e despejar seus sentimentos em monsters. É um renascimento criativo ousado para o músico como artista ao procurar utilizar uma abordagem bedroom pop mais intimista a favor dos sentimentos, em vez da perfeição, em um disco que mistura folk (“tears that never dry”), clássico e eletrônica (“monster v.2).

RALPHGradience
(Rich Man Records)

A canadense Raffa Weyman (a.k.a. RALPH) redefine seu som com frescor pop delicioso. Contempla o glam dos anos 70/80 e ícones atemporais da música, incluindo Cher, Donna Summer e Kate Bush, com um sabor contemporâneo de Carly Rae Jepsen (“Tommy” com uma influência de “Jolene” de Dolly Parton) e Dua Lipa (“Love Potion”). Gradience ostenta uma coleção cativante de canções sobre mudanças pessoais (“Mood Ring”) e amores perdidos (“Took the Fun”) com uma sonoridade, no mínimo, radiante.