Os 10 melhores EPs de 2021

10. Maria Reis
(A Flor da Urtiga)

Em Flor da Urtiga, a cantora e compositora portuguesa Maria Reis oferece um conjunto de cinco canções sobre família, amor, abismo emocional e integridade. O trabalho teve intervenção de Noah Lennox (a.k.a. Panda Bear e membro do Animal Collective) na produção e nos arranjos através de um pop rock com pitadas de grunge (“Balbúrdio”) e elementos eletrônicos (“Teoria da Conspiração”), mas sem perder as origens da artista (“Pedinchar”).

• Coloque para tocar: “Maria do Ó”

09. COBRAH
(COBRAH)

A artista, cantora e produtora COBRAH, uma “rainha lésbica da cena queer e fetichistas de Estocolmo” como se define, estabelece-se com sua eletrônica hyperpop house BDSM no EP autointitulado, o sucessor de ICON. Com sua sonoridade hipnótica e sombrosa, reflete o universo cyberpunk e a era da tecnologia (“DIP N DRIP”), expõe experiências com garotas heterossexuais (“DEBUT”) e celebra sua identidade queer (“GOOD PUSS”) em hinos de empoderamento.

• Coloque para tocar: “GOOD PUSSY”

08. Nasty Cherry
(Movie)

Nasty Cherry, a banda pop punk favorita de Charli XCX e protegida do selo Vroom Vroom da artista, lança o terceiro EP da carreira. Movie mostra as garotas em constante evolução com hinos sedutores sobre relacionamentos (“Her Body” – escrita na companhia de Charli -, “All In My Head”) e amizades (“Lucky”) em guitarras precisas, sintetizadores brilhantes, percussão crescente e melodias vocais adoráveis. Elas continuam experimentando e buscando novas sonoridades para entregar uma fórmula perfeita na aguardada estreia.

• Coloque para tocar: “Her Body”

07. Beach Bunny
(Blame Game)

Os roqueiros do Beach Bunny compartilham o EP Blame Game, o sucessor do álbum de estreia Honeymoon, focados entre os altos e baixos do amor, masculinidade tóxica, sexismo e relacionamentos não confiáveis (“Good Girls (Don’t Get Used)”) em melodias urgentes e comoventes. A produção das faixas é assinada por Joe Reinhart, conhecido por trabalhos com o Hop Along, Joyce Manor e Modern Baseball.

• Coloque para tocar: “Good Girls (Don’t Get Used)”

06. LSDXOXO
(Dedicated 2 Disrespect)

Dedicated 2 Disrespect é o mais recente EP para clubes do DJ e produtor LSDXOXO, uma continuação da mixtape Waiting 2 Exhale. Baseando-se em rave, house e techno, o compacto com quatro faixas de pura fritação explora as interseções de gênero, extravagância (“Sick Bitch”) e sexualidade (“The Devil”) de maneira enlouquecedora.

• Coloque para tocar: “Sick Bitch”

05. Francis of Delirium
(Wading)

Formado pela cantora e compositora Jana Bahrich e Chris Hewett (bateria), Wading segue o EP de estreia da dupla, All Change, permeado por auras etéreas do grunge com um punhado de doses de pop punk (“Red”) e fúria. São guitarras sujas, cruas e viscerais (“Lakes”) em canções que abordam temas como amor, separações (“Let It All Go”), tristeza e aceitação no vocal urgente da artista. Um trabalho nebuloso, angustiante, mas extremamente poético (“I Think I’m Losing”).

• Coloque para tocar: “Let It All Go”

04. Yves Tumor
(The Asymptotical World)

O músico Sean Bowie (a.k.a. Yves Tumor) lança o EP The Asymptotical World pelo selo Warp Records. O compacto conta com o single “Jackie” e mais cinco faixas inéditas, incluindo um dueto com NAKED em “Tuck”, no repertório. O material é uma evolução barulhenta e precisa de Tumor, verificada no álbum Heaven To A Tortured Mind – um dos melhores discos de 2020 -, em faixas que estimulam o glam rock e o noise (“Secrecy Is Incredibly Important To The Both of Them” e “… And Loyalty Is A Nuisance Child”) na companhia do produtor Yves Rothman.

• Coloque para tocar: “Jackie”

03. Deb Never
(Where Have All The Flowers Gone?)

Conhecida por colaborações com nomes como BROCKHAMPTON e slowthai, a coreana americana Deb Never expande as qualidades do currículo alt pop lo-fi em Where Have All The Flowers Gone?. Com uma capacidade de transmutar de guitarras grunge a um número drum n bass (“Someone Else”), a artista encontra-se pronta para ter um lugar próprio nos holofotes. São canções calorosas sobre angústias (“Sorry”), crises existências (“Disassociate”), descrenças amorosas e arrependimentos que funcionam como uma sessão de terapia para dominar os perrengues da vida.

• Coloque para tocar: “Someone Else”

02. Tkay Maidza
(Last Year Was Weird, Vol. 3)

A cantora e rapper australiana Tkay Maidza apresenta o ato final da trillogia de EPs Last Year Was Weird. Mais uma vez, sem permanecer na zona de conforto, ela manifesta versatilidade ao transitar por gêneros do R&B (“Onto Me” com UMI), pop (“So Cold”), dark trap (“Syrup”), soul (“Cashmere”), bangers ferozes (“KIM” com Yung Baby Tate) e números de extrema sensibilidade (“Breathe”). A garota passa a ser um dos nomes a ter um dos discos de estreia mais promissores dos próximos tempos.

• Coloque para tocar: “Onto Me”

01. Haich Ber Na
(From Then ‘Til Now)

O músico londrino Haich Ber Na lança o EP From Then ‘Til Now, o sucessor de Unbalanced e que antecede o disco de estreia, com uma combinação eclética e ajustada de música eletrônica, dance, garage, soul, funk e future pop.

From Then ‘Til Now soa como uma festa desgovernada sob o comando de Blood Orange, Jai Paul e Jungle“87 Days” e “0594 Help” são números que exploram o universo dançante, experimental e escapista da sonoridade excitante moldada por Haich Ber Na. São sintetizadores alucinantes e reluzentes, batidas envolventes e vocais em falsete que manifestam o espírito do compacto e quebram os limites do universo pop. “Both Ways” apresenta os vocais de RODEL trazendo sensibilidade para uma peça irresistível que abre com sintetizadores tênues antes de entregar-se ao universo alvoroçado do UK Garage, enquanto “Think About It” segue uma linha indie pop para encerrar e manter o trabalho num espírito de diversão, em baixos bem marcados, e ser mais um cartão de visita das inúmeras possibilidades do que Haich Ber Na é capaz de conceder sem perder a peculiaridade.

• Coloque para tocar: “0594 Help””