8 discos para ouvir hoje: Paris Texas, Blur, The Barbie Album, Oscar Lang, Kitba e mais

Divulgação / Alexis Gross

Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Paris Texas, Blur, Cut Worms, Strange Ranger, The Barbie Album, Oscar Lang, Kitba e Gorgon City.

Paris TexasMID AIR
(Paris Texas)

O duo de rap experimental Paris Texas, formado pelo produtor Louie Pastel e o rapper Felix, lança o disco de estreia MID AIR. Seu estilo musical transgressor, inspirado por atos como Death Grips, é uma combinação de hip hop, punk, funk, R&B, rock psicodélico e alternativo, onde guitarras distorcidas e ritmos concisos são tão potentes quanto os sons de 808s e batidas de trap, com influências de filmes de terror e jogos de videogame. Suas letras são bizarras, metafóricas (“BULLET MAN”), vulneráveis (“Everybody’s Safe Until…”, “tenTHIRTYseven”) e confessionais (“…We Fall”) com uma mistura de humor, palavrões e emoções sinceras. Diferente do padrão do universo do hip hop que traz inúmeras colaborações, MID AIR apresenta apenas duas participações especiais, com Kenny Mason em “DnD” e Teezeo Touchdown em “Full English”. E sim, uma música intitulada “Lana Del Rey”.

BlurThe Ballad Of Darren
(Parlophone Records)

Após oito anos desde o último álbum do Blur, The Magic Whip, o grupo retorna com The Ballad of Darren, reunindo Damon Albarn, Graham Coxon, Alex James e Dave Rowntree, e criando juntos como uma banda completa após um período de projetos solos e paralelos. O disco é influenciado pelas perdas e dificuldades na vida pessoal de Albarn – separações (“The Ballad”), mortes de amigos próximos e colaboradores como os músicos Bobby Womack e Tony Allen (“The Narcissist”), arrependimentos (“St. Charles Square”), otimismo (“The Heights”) e um mundo caótico em constante mudança (“Russian Strings”) – sobre um tempo que passou e o futuro. A produção James Ford (conhecido por trabalhos como The Car e Tranquility Base Hotel & Casino do Arctic Monkeys), traz uma paleta sofisticada e um tom mais delicado e contemplativo nos arranjos, dando à sonoridade melancólica e reflexiva do trabalho. The Ballad Of Darren se destaca na discografia do Blur com um enfoque emocional pessoal, evocando nostalgia mas sem se prender a um passado de glórias, e oferecendo uma realidade do envelhecimento e amadurecimento com brilhantismo e ousadia.

Cut WormsCut Worms
(Jagjaguwar)

O álbum autointitulado do Cut Worms, projeto do músico e cantor Max Clarke, explora o que ele chama de “essencialismo pop” com uma sonoridade vintage que evoca artistas dos anos 60 e início dos 70. Com uma abordagem caseira e colaborativa, o trabalho apresenta uma coleção compacta de hinos oníricos que vivem entre o início esperançoso do verão (“Is it Magic?”) e o fim fugaz da estação. Clarke gravou algumas músicas em seu espaço de ensaio, outras em parceria com amigos talentosos. A juventude permeia as nove músicas, evocando um lugar de calor e segurança. O registro apresenta declarações emocionais (“I’ll Never Make It”) e reflexões sobre a dualidade entre a alegria da experiência e a perda da inocência (“Ballad of the Texas King”).

Strange RangerPure Music
(Fire Talk)

O álbum Pure Music, da banda de indie rock Strange Ranger, foi criado em um momento de transformação e introspecção. Eles exploram a influência do álbum Loveless, do My Bloody Valentine, adicionando elementos de disco, house e pop experimental em sintetizadores atmosféricos, guitarras marcantes e samples glitchy. “Way Out”, com influência de Talk Talk, é inspirado no isolamento e apresenta um saxofone melancólico, enquanto “She’s On Fire” é uma música de rock que se transforma em um número pulsante e dançante. O trabalho apresenta faixas que transitam entre diferentes estilos musicais (“Blue Shade” evoca o clima de uma produção de Massive Attack) e interlúdios que conectam as músicas criando uma experiência imersiva. O grupo transmite uma sensação de euforia e catarse, transcendendo uma sensação de alienação e caos do mundo.

Vários ArtistasBarbie The Album
(Atlantic Records)

Com Mark Ronson (Amy Winehouse, Lady Gaga) assumindo a curadoria do projeto, Barbie The Album garante uma lista de artistas contemporâneos para entrarem no universo colorido, cintilante e vibrantes da boneca mais famosa do mundo e criarem uma ambientação sonora para o filme com uma diversidade de gêneros musicais. Seja na urgência pop de Charli XCX em “Speed Drive” com sample de Robyn e Toni Basil, no reggaeton de Karol G em “Watati”, o k-pop do grupo Fifty Fifty com Kaliii em “Barbie Dreams” com sample de Janet Jackson, o punk pop de GAYLE em “butterflies” com um sample de Red Hot Chili Peppers em “butterflies”, a festa disco em “Dance The Night” de Dua Lipa, o ambiente lisérgico do Tame Impala em “Journey To The Real World”, o funk rosa de Lizzo em “Pink” ou a balada existencial de piano “What Was I Made For?” liderada pelo falsete de Billie Eilish.

Oscar LangLook Now
(Dirty Hit)

O segundo álbum de Oscar Lang foi moldado por uma separação de sua namorada de infância, levando-o a uma fase criativamente frutífera. O disco não segue a direção esperada de grooves animados dos anos 80, indie pop descontraído ou uma pegada disco de sua estreia Hand Over Your Head. Em vez disso, ele se concentra em baladas inspiradas no som de compositores clássicos como Billy Joel, Elton John e Paul McCartney, misturando-os com um pouco do britpop dos anos 90, como Verve e Oasis. O artista faz um mergulho no seu próprio universo de suas emoções, expondo suas lutas focadas em ansiedade social e falta de confiança (“Everything Unspoken”) ou lembrando da mãe que cometeu suicídio (“When You Were A Child”), e compartilha canções sobre corações partidos que todos podem se relacionar (“A Song About Me”, “One Foot First”).

KitbaKitba
(Ruination Records)

A cantora, compositora e harpista não-binária Rebecca Kitba Bryson El-Saleh (a.k.a. Kitba) lança o disco de estreia autointitulado. Contrastando delicada instrumentação orquestral, sintetizadores atmosféricos, guitarras elétricas serenas e vocais suaves, suas canções trilhadas pelo indie rock, folk e art pop refletem uma frustração com a realidade da comunidade associada a algo que eles sentem estar intrinsecamente ligado à sua expressão artística. Na balada “My Words Don’t Work”, expressa sua frustração de dizer o que realmente quer. “Tied To Strings” fala sobre a luta de estar vinculado a algo que está intrinsecamente ligado à sua expressão artística. Em “Peel Away The Rind”, reflete momentos de solidão durante a pandemia, e em “This Body”, descreve um processo de autodescoberta e aceitação do próprio corpo, questionando a ideia de gênero “fixo”. O registro é um processo de descoberta para Bryson El-Saleh, e essas músicas e experiências criam um trabalho que permite iniciar uma jornada de se permitir ser mais vulnerável e receptiva ao mundo ao seu redor, apreciando e agradecendo seu próprio corpo por sua força e proteção.

Gorgon CitySalvation
(Astralwerks / EMI Records)

O duo Gorgon City, formado por Kye Gibbon e Matt Robson-Scott, exibe a sua versatilidade artística no quarto disco de estúdio, Salvation, com uma mistura elegante e envolvente de house, garage e e pop. O álbum começa com a sedutora batida e sons de sintetizadores arpejados de “Wreckage”, que gradualmente se transforma em um envolvente house melódico com os marcantes vocais de Julia Church. Passando pela a contagiante “Lost & Found” com os vocais expressivos de DRAMA e as cativantes “City of Angels” e “Remember the Days”, com participação de Jelani Blackman e Selah Sol, respectivamente. Com profundas emoções, vocais emotivos e batidas dançantes miradas para as pistas de dança, o Gorgon City se destaca cada vez mais na cena de artista de house, criando uma verdadeira coleção certeira de música eletrônica.