Confira alguns dos principais lançamentos da semana para atualizar a sua playlist de discos favoritos. Entre eles estão os novos trabalhos de: Sufjan Stevens, Seth Bogart, Will Butler, IDLES, Sylvan Esso, Cayucas, Sad13, Joan Pérez-Villegas e Mandalarina.
• Sufjan Stevens – The Ascension
(Asthmatic Kitty)
Em The Ascension, o sucessor de Carrie & Lowell e do projeto colaborativo Aporia com Lowell Brams, o músico Sufjan Stevens embarca numa jornada pop nos seus moldes – algo que já havia feito no álbum The Age of Adz – ao contrastar sua pureza folk entusiasta com texturas eletrônicas (“Video Game”) e sonoridades industriais (“Death Star”). São sintetizadores tênues, drum machines ativos e loops transcendentais que afrontam as particularidades dos instrumentos acústicos, orquestrações deslumbrantes e o vocal articulado de Stevens. Nas letras, ele retém um olhar apurado, melancólico e um tanto abstrato de um mundo desmoronando ao nosso redor (“America”) com um chamado para transformações pessoais (“Sugar”) e uma recusa em jogar junto com os sistemas.
• Seth Bogart – Men on the Verge of Nothing
(Wacky Wacko Records)
O músico, artista e ícone queer Seth Bogart (ex-Hunx and His Punx) encontra suas raízes punk com a energia das bandas pós-punk, new wave e riot grrrl – com Kathleen Hanna e Kate Nash na versão repaginada da clássica “Oh Bondage Up Yours!” do X-Ray Spex – em Men on the Verge of Nothing. As letras abordam as experiências queers (“Boys Who Don’t Wanna Be Boys”), eventos da vida real do músico (“Lavender Heights”) e a constante ideia de se encontrar à beira de um ataque de nervos.
• Will Butler – Generations
(Merge Records)
Em seu segundo disco de estúdio, Will Butler, integrante do Arcade Fire, está disposto a trazer um álbum com canções desesperadoras, engraças e épicas para questionar qual é o seu papel na história americana (“Close My Eyes”, “Surrender”) diante de toda a insanidade que nos encontramos (“Bethlehem”). São contos moldados como um musical político e extasiante na mente do artista que explora gêneros musicais em sua rica paleta musical que vai da serenidade aos extremos.
• IDLES – Ultra Mono
(Partisan)
Após Brutalism (2017) e Joy as a Act of Resistance (2018), dois lançamentos que receberam aclamação da crítica global, o IDLES retorna com seu aguardado terceiro álbum – Ultra Mono. Sonoramente construído para capturar o sentimento de um disco de hip hop (incluindo a contribuição da produção de Kenny Beats), o álbum é uma explosão sonora e um grito de guerra nos temas políticos (“Model Village”) e sociais (“A Hymn”) através das guitarras pós-punk, percussão possante e o vocal enfurecido de Joe Talbot.
• Sylvan Esso – Free Love
(Loma Vista)
O duo eletrônico Sylvan Esso, da vocalista Amelia Meath e do produtor Nick Sanborn, revela uma coleção de canções pop despretensiosas para argumentar as complexidades emocionais (“Ferris Wheel”), as relações humanas (“Frequency”) e o amor. Com a bagagem folk acústica e intimista de projetos anteriores, o casal joga a seu favor sintetizadores pulsantes, drum machines e vocoders (“What If”) com um comportamento puro (“Rooftop Dancing”).
• Cayucas – Blue Summer
(Park The Van)
No quarto disco de estúdio, os irmãos Zach e Ben Yudin (do Cayucas) retomam a sonoridade praiana (“Malibu ’79 Long”) do disco de estreia, Big Foot, de 2013. São números indie rock ensolarados (“California Girl”), vibrantes e fantasiosos com as praias de Los Angeles (“Yeah Yeah Yeah”) como pano de fundo. As composições vem aquecidas por romantismo e melodias inspiradas nas sessões clássicas de Pet Sounds e Smile, do Beach Boys, e no groove rítmico de Jan & Dean.
• Sad13 – Haunted Painting
(Wax Nine)
Haunted Painting é o retorno do Sad13, projeto pop alternativo e lo-fi de Sadie Dupuis, vocalista e guitarrista do Speedy Ortiz, após quatro anos. Inspirada no pop rock britânico dos anos 1980 (“Ghost (of a Good Time)”), melodias synthpop, canções alvoroçadas e lirismo desafiador, Dupuis acoberta temas ao mirar um passado de perdas, lutas pela saúde mental e desastres ambientais (“WTD?”).
• Joan Pérez-Villegas – Blau Salvatge
(Microscopi)
Blau Salvatge é uma obra caleidoscópica composta por seis paisagens sonoras, cada uma dotada de uma luz e cores distintas, vindas da mente do compositor espanhol Joan Pérez-Villegas. Uma mistura de jazz moderno (“Vaivé”), experimental, progressivo, clássico e cinematográfico (“Algorritme I”, que evoca os projetos astutos de Jon Brion) com essência de musical tradicional.
• Mandarina – Lui
(Mandarina)
O duo franco-colombiano Mandarina apresenta o EP de estreia, Lui, com canções delicadas e envolventes cobertas por uma sonoridade nostálgica e esperançosa em ritmos latinos, soul, jazz e inclusão de elementos eletrônicos. São números apaixonantes conduzidos por uma brisa tropical (“Lui”), minimalista (“Tayorona”), psicodélica (“Mon Prochain”) e sedutora (“Coda”) de emoções mirabolantes e inconstantes.